VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo OBJETIVOS Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> panorama histórico <strong>de</strong> 1915-1930, analisar-se-á os acontecimentos que marcaram a época, buscan<strong>do</strong> as relações das idéias <strong>de</strong>fendidas pelos mo<strong>de</strong>rnistas com as novas tendências nas artes gráficas. O enfoque da pesquisa são as novas formas culturais presentes na época e que embasaram os mo<strong>de</strong>rnistas em suas idéias, o que prometia novas formas <strong>de</strong> expressão com vínculos nacionalistas, expressas nos trabalhos gráficos. Deste estu<strong>do</strong> partem as análises às produções <strong>de</strong> Paim, Ferrignac e Di Cavalcanti, em busca <strong>de</strong> novos coeficientes em suas produções gráficas. METODOLOGIA A análise partiu <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> das obras <strong>de</strong> três artistas gráficos <strong>do</strong>s anos <strong>de</strong> 1915-1930: Di Cavalcanti, Ferrignac e Paim Vieira. As obras analisadas <strong>de</strong> Di Cavalcanti foram: Capa <strong>de</strong> O Pirralho, 12 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1917; Desenho publica<strong>do</strong> horstexte em klaxon, nº 2, 15 <strong>de</strong> Junho; Desenho publica<strong>do</strong> na revista O Cruzeiro, 1920-30. Do artista Ferrignac foram analisadas: Caricatura <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, 1918; Capa <strong>de</strong> Panóplia, <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1918; Colombina, Coleção Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, Instituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Brasileiros, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Já <strong>de</strong> Paim Vieira foram analisadas as obras: Ecce homo!, <strong>de</strong>senho publica<strong>do</strong> horstexte na revistas Ariel, <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1924; Maxixe, <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1924; Ilustrações para o livro Pathé Baby, <strong>de</strong> Antônio <strong>de</strong> Alcântara Macha<strong>do</strong>, pertencente ao arquivo Décio <strong>de</strong> Almeida Pra<strong>do</strong>, coleção Instituto Moreira Salles. Estes artistas foram seleciona<strong>do</strong>s por serem participantes da Semana <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna, ocorrida em fevereiro <strong>de</strong> 1922. Já as obras foram selecionadas por conterem traços <strong>do</strong> estilo Art Déco e apresentarem, em alguns casos, temáticas nacionalistas próprias <strong>do</strong> movimento mo<strong>de</strong>rnista. RESULTADOS Esta análise <strong>do</strong>s novos elementos encontra<strong>do</strong>s no início das artes gráficas no Brasil possibilitou uma percepção das influências mo<strong>de</strong>rnistas que embasaram futuros movimentos à mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> gráfica nacional. Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> esta, presente nos traços geométricos Art Déco e nas temáticas nacionalistas. Por conseguinte, esta pesquisa significou a busca aos princípios mo<strong>de</strong>rnistas nas produções precursoras <strong>do</strong>s artistas analisa<strong>do</strong>s, presentes na atuação gráfica brasileira e influentes principalmente na década <strong>de</strong> 50 e 60, com o <strong>de</strong>vir <strong>do</strong> Tropicalismo e <strong>do</strong> Concretismo. Não obstante, esta investigação estimulou a reflexão crítica a cerca das relações socioculturais <strong>do</strong>s anos <strong>de</strong> 1915-30 com os novos coeficientes presentes nos trabalhos gráficos da época analisada.
VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo Isto conclui-se através <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> sobre a política e a socieda<strong>de</strong> da época, no qual po<strong>de</strong>-se perceber que, a partir da metropolização, a arte passou a ser colabora<strong>do</strong>ra política, o que influenciou em novos elementos na produção gráfica vigente, principalmente em São Paulo, passan<strong>do</strong> a ser a “capital artística” (SEVCENKO, 1992, p.95).