13.06.2015 Views

Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...

Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...

Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

espaço mo<strong>de</strong>rno, Tassinari, e alguns livros da coleção Movimentos da Arte Mo<strong>de</strong>rna, como<br />

Mo<strong>de</strong>rnismo, Cubismo, Arte Abstrata e Arte Conceitual, busquei aproximar o processo que afastou<br />

a pintura <strong>de</strong> sua forma Renascentista à produção audiovisual. Me propus, então, a experimentos<br />

com a câmera <strong>de</strong> maneira a <strong>de</strong>sconstruir, pelo uso <strong>do</strong> zoom, a referencialida<strong>de</strong> da imagem.<br />

Na medida em que a<strong>de</strong>nsava minha pesquisa tanto em pintura quanto em cinema e, ainda, sobre<br />

as relações entre elas, O olho interminável [pintura e cinema], percebi que estas eram construídas<br />

em relação a pinturas <strong>de</strong> relevante caráter figurativo. Muito <strong>do</strong> processo que trouxe a imagem<br />

pictórica cada vez mais para seu plano, não foi leva<strong>do</strong> a cabo pelo audiovisual. Passei então a me<br />

<strong>de</strong>bruçar sobre a questão da complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste espaço audiovisual que, apesar <strong>de</strong> ser capaz <strong>de</strong><br />

oferecer uma percepção tridimensional, está enclausura<strong>do</strong> numa superfície plana.<br />

Instiga<strong>do</strong> pela Filosofia da caixa preta, Flusser, passei a fazer experimentos que ampliasse a<br />

utilização da câmera filma<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> maneira a esta me possibilitar a produção <strong>de</strong>, conforme discuti<strong>do</strong><br />

em Do espiritual na arte (Kandinsky), imagens concretas. Esta produção, obtida pela inserção <strong>de</strong><br />

elementos entre a câmera e o “objeto” filma<strong>do</strong>, foi balizada pela intensão <strong>de</strong> trazer a imagem<br />

audiovisual, assim como fez a pintura em seu passa<strong>do</strong>, para sua superfície; <strong>de</strong>sta maneira,<br />

<strong>de</strong>scontruin<strong>do</strong> o espaço “em profundida<strong>de</strong>” produzi<strong>do</strong> pelo uso corrente <strong>do</strong> aparelho. Com a<br />

emersão <strong>de</strong>sta imagem e a conseqüente ruptura com a diegése audiovisual, proponho aqui a<br />

imersão <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r no audiovisual, não em um espaço proposto pelo ví<strong>de</strong>o, mas no espaço<br />

real, já resignifica<strong>do</strong> tanto pelo áudio quanto pelo visual.<br />

RESULTADOS<br />

Esta pesquisa apresenta como produto final uma discussão teórica, que aprofunda as questões<br />

aqui expostas, e um ví<strong>de</strong>o, construí<strong>do</strong> em conjunto àquele <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

O ví<strong>de</strong>o, no intuito <strong>de</strong> trazer a imagem à tona, começa com flashes <strong>de</strong> luz (ausência <strong>de</strong> um “espaço<br />

em profundida<strong>de</strong>”) que em seguida transparece um “espaço parcial”. A quebra da imagem<br />

movimento num still intensifica a tensão entre plano e profundida<strong>de</strong>; e o áudio, que então aparece,<br />

<strong>de</strong>sperta no especta<strong>do</strong>r a sensação claustrofóbica <strong>de</strong> um espaço que vai per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> espaço, uma<br />

tridimensionalida<strong>de</strong> (visual) que aos poucos se torna totalmente plana. O espaço, na medida em<br />

que a distância entre aparelho e referente diminui, entra num processo <strong>de</strong> planificação que culmina<br />

em uma completa fusão entre imagem e superfície, enquanto o áudio redimensiona a espacialida<strong>de</strong><br />

“perdida”.<br />

Já completamente distante <strong>de</strong> uma cognição representativa, a imagem concreta, produzida através<br />

da reorganização da informação luz, age conjuntamente com o áudio no envolvimento <strong>do</strong><br />

especta<strong>do</strong>r com o ví<strong>de</strong>o. Este não está mais presente apenas como especta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> um fato, a<br />

tensão <strong>do</strong> ví<strong>de</strong>o é a própria tensão <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r; assim, completan<strong>do</strong> o ví<strong>de</strong>o enquanto sujeito<br />

angustia<strong>do</strong>.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!