Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...
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VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
MODELAGEM DO COMPORTAMENTO ELEITORAL DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS<br />
BRASILEIRA E NORTE-AMERICANA<br />
Kelly <strong>de</strong> Souza Ferreira<br />
Prof. Dr. Humberto <strong>de</strong> Paiva Junior (Orienta<strong>do</strong>r)<br />
INTRODUÇÃO<br />
As primeiras formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia surgiram na Grécia antiga com os “Cleisthens” por volta <strong>de</strong> 508<br />
a.C. Era uma eleição um tanto peculiar; a cada <strong>de</strong>z anos a população votava no político que eles<br />
queriam ver exila<strong>do</strong> e se nenhum <strong>do</strong>s candidatos recebesse mais <strong>de</strong> 6.000 votos to<strong>do</strong>s<br />
permaneciam em seus cargos, porém, se um obtivesse uma maioria <strong>de</strong> votos superior a 6.000 era<br />
manda<strong>do</strong> ao exílio.<br />
As eleições atualmente já não são mais regidas <strong>de</strong>sta forma. No Brasil to<strong>do</strong>s os cidadãos com<br />
ida<strong>de</strong> apta para votar (maiores <strong>de</strong> 16 anos), possuem o direito e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> comparecer às urnas<br />
periodicamente a cada quatro anos para eleger seus governantes. Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, país<br />
orgulhoso <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>mocracia, o voto é facultativo, um direito que o eleitor usufrui apenas se o<br />
<strong>de</strong>sejar, cada esta<strong>do</strong> possui sua própria forma <strong>de</strong> reger o pleito e o registro <strong>de</strong> eleitores é renova<strong>do</strong><br />
a cada ano com os eleitores que <strong>de</strong>sejam ou não votar. Em ambos os sistemas quem vota acredita<br />
que exprime sua vonta<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> a forma <strong>de</strong>mocrática a extensão máxima <strong>do</strong> direito ao sufrágio; há<br />
a expectativa <strong>de</strong> uma participação ampla <strong>do</strong>s eleitores.<br />
Ocorre assim uma <strong>de</strong>mocracia concorrente, que possui um valor instrumental para a produção <strong>de</strong><br />
governantes legítimos, e as eleições também têm funções <strong>de</strong> garantir que as vonta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus<br />
constituintes sejam representadas.<br />
Por esses tantos motivos o comportamento eleitoral tornou-se alvo da inerente curiosida<strong>de</strong><br />
humana, ten<strong>do</strong> a primeira pesquisa <strong>de</strong> intenção <strong>de</strong> voto feita em 1938 pelo Instituto Gallup nos<br />
Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Os primeiros mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> comportamento eleitoral surgiram logo em<br />
seguida na década <strong>de</strong> 40 com os estu<strong>do</strong>s origina<strong>do</strong>s da linha psicológica <strong>de</strong> Gestalt e Kurt Lewin.<br />
No Brasil, a preocupação com o comportamento eleitoral começou por volta da década <strong>de</strong> 50,<br />
ten<strong>do</strong> como pioneiro Azis Simão, que pesquisou sobre o voto operário em São Paulo. Seus<br />
estu<strong>do</strong>s publica<strong>do</strong>s nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70 são constituí<strong>do</strong>s basicamente <strong>de</strong> abordagens<br />
sociológicas e psicossociológicas, procuran<strong>do</strong> sempre analisar a maneira com que os fenômenos<br />
como a industrialização e urbanização afetam o voto.<br />
Não se preten<strong>de</strong> esgotar toda a produção teórica sobre esse assunto, por esta razão no primeiro<br />
capitulo a revisão bibliográfica pren<strong>de</strong>-se em três correntes com fontes epistemológicas distintas, o