Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...
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VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
que, a partir <strong>do</strong>s anos 1990, está claro o processo <strong>de</strong> sub-regionalização e <strong>de</strong> que a integração<br />
econômica não po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>tida por falta <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> política, já que o processo <strong>de</strong> integração<br />
possui valor simbólico, ao qual nenhuma força política tem a pretensão <strong>de</strong> opor-se.<br />
Para realizar esta análise, foram utilizadas bibliografias sobre a temática da integração regional,<br />
sobre as teorias <strong>de</strong> Relações Internacionais que explicam tal fenômeno e sobre o processo político<br />
e econômico que afetava os países durante o <strong>de</strong>senrolar <strong>do</strong>s diversos projetos <strong>de</strong> cooperação que<br />
verificamos neste trabalho. Para a análise <strong>de</strong> tais projetos, foram utilizadas informações<br />
provenientes <strong>do</strong>s ministérios envolvi<strong>do</strong>s, das empresas estatais e privadas, das organizações<br />
internacionais, bem como das inúmeras matérias e notícias que foram publicadas, já que, por<br />
alguns se tratarem <strong>de</strong> projetos recentes, nota-se a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar livros publica<strong>do</strong>s sobre<br />
os mesmos.<br />
RESULTADOS<br />
Após a análise sobre o processo <strong>de</strong> integração da América Latina, sobre as matrizes energéticas e<br />
os projetos <strong>de</strong> cooperação nessa esfera, bem como sobre as políticas a<strong>do</strong>tadas por alguns<br />
governos ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>mos chegar a alguns pontos conclusivos sobre o<br />
tema proposto.<br />
Ficou claro que, nas últimas duas décadas, e principalmente na última, os esforços para se colocar<br />
em prática o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> cooperação no âmbito energético foram leva<strong>do</strong>s<br />
adiante pelos países da região. Nesse senti<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>mos citar a ação pre<strong>do</strong>minante <strong>do</strong> Brasil e <strong>de</strong><br />
países como Venezuela e Bolívia, por conta da postura a<strong>do</strong>tada por seus governos, da<br />
complementarida<strong>de</strong> energética entre eles e da convergência <strong>de</strong> interesses. Foi observa<strong>do</strong> que os<br />
três países a<strong>do</strong>taram posturas muito mais claras <strong>do</strong> que as que <strong>de</strong>tinham anteriormente, a respeito<br />
<strong>do</strong> impulso da<strong>do</strong> à integração regional. Aqui, faz-se necessário reafirmar que o estu<strong>do</strong> foi<br />
estritamente basea<strong>do</strong> nas iniciativas <strong>de</strong> infra-estrutura e obras <strong>de</strong> cunho energético, sem consi<strong>de</strong>rar<br />
a esfera comercial.<br />
É também notório que as estatais à frente <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> hidrocarbonetos, principalmente no Brasil e<br />
na Venezuela, possuem papel crucial à integração energética da região, tanto por a<strong>do</strong>tarem<br />
diretrizes que priorizam a integração, como por realmente levarem adiante um processo <strong>de</strong><br />
internacionalização, que consoli<strong>do</strong>u a presença <strong>de</strong> ambas quase que na totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s países da<br />
região, culminan<strong>do</strong>, conseqüentemente, em diversos projetos, estu<strong>do</strong>s e incremento da relação<br />
entre os países.<br />
Após a análise, é possível afirmar que existem fatores geopolíticos liga<strong>do</strong>s à iniciativa <strong>de</strong> integração<br />
estudada, pois, por se tratar <strong>de</strong> fontes energéticas, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scartar as potencialida<strong>de</strong>s que<br />
são encontradas em mais ou menos quantida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s países. Daí justifica-se o motivo<br />
pelo qual Brasil, Venezuela e Bolívia estão presentes na maioria <strong>do</strong>s tópicos relaciona<strong>do</strong>s à energia<br />
na região, já que apresentam potencialida<strong>de</strong>s energéticas mais elevadas que os outros países.