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Manual de Actividades Educativas - Promundo

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Vivendo com HIV6. Anote as sugestões <strong>de</strong> acções no Mo<strong>de</strong>lo Ecológico e encerre a discussão certificando-se <strong>de</strong>que todos os pontos-chave do encerramento foram cobertos.EncerramentoActualmente, com os avanços dos recursos médicos e farmacológicos e uma maiorcompreensão do HIV/SIDA, a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das pessoas que vivem com HIV/SIDAaumentou consi<strong>de</strong>ravelmente. Isso significa que as PVCHS po<strong>de</strong>m ter uma vida semelhanteà do resto da socieda<strong>de</strong>. Por exemplo, elas po<strong>de</strong>m continuar a sair com outras pessoas, secasarem, ter uma vida sexual activa, ter filhos e trabalhar.Contudo, PVCHS muitas vezes são alvo <strong>de</strong> preconceito e discriminação na socieda<strong>de</strong> e exigemum cuidado especial no que diz respeito a tratamentos médicos e o uso <strong>de</strong> medicamentos. Masacima <strong>de</strong> tudo, requerem e <strong>de</strong>sejam respeito e dignida<strong>de</strong>. Há muitos exemplos <strong>de</strong> pessoasque foram infectadas há muitos anos que levam uma vida activa e produtiva (tente encontrarexemplos na sua comunida<strong>de</strong>, país ou região), que são uma prova <strong>de</strong> que a vida com HIV/SIDA não é o fim, mas sim uma continuação. Para isso, é fundamental que vocês e as outraspessoas façam cada um a sua parte para ajudarem a construir uma comunida<strong>de</strong> justa <strong>de</strong> queapoie a todos, incluindo as pessoas que vivem com o HIV/SIDA.As mulheres são mais fortemente afectadas pelo HIV/SIDA do que os homens. Elas sãoresponsáveis pelos cuidados com a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os membros da família. Embora essecuidado seja gratuito, ele custa muito! Quando a mulher está doente ou cuidando <strong>de</strong> alguémque está mal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ela não po<strong>de</strong> realizar suas outras tarefas. Isso tem um impacto muitosério no longo prazo sobre o bem-estar da família. As mulheres carregam o ónus da culpa <strong>de</strong>talvez um dia infectarem seus filhos. Viver com discriminação e estigma aumenta a pressão.Os cuidados não acabam com a morte da pessoa com SIDA. As mulheres são muitas vezesculpadas por não terem cuidado do marido <strong>de</strong> forma satisfatória e algumas são até acusadas<strong>de</strong> serem bruxas. A responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidar dos órfãos acaba recaindo sobre as avós e tias. Emuitas mulheres que se tornam cuidadoras são elas próprias HIV positivas.Papéis <strong>de</strong> género afectam a forma como os homens lidam com o HIV/SIDA. Os papéis <strong>de</strong>género po<strong>de</strong>m ser prejudiciais para a saú<strong>de</strong> e bem-estar dos homens que vivem com HIV.Pesquisas mostram que os homens <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m não se envolver em activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cuidado e apoiocom medo <strong>de</strong> serem ridicularizados por fazerem trabalho “<strong>de</strong> mulher”. 42 Da mesma forma,os papéis <strong>de</strong> género motivam os homens a pensar que procurar ajuda é sinal <strong>de</strong> fraqueza. Issofaz com que os homens <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> procurar aconselhamento e apoio quando são infectadosou quando estão doentes. Essa crença também afasta os homens <strong>de</strong> se apoiarem entre si emrelação a como lidar com o HIV/SIDA. Esses mesmos papéis <strong>de</strong> género também aumentam aprobabilida<strong>de</strong> dos homens fazerem uso <strong>de</strong> álcool, drogas ou mesmo sexo para amenizar seusentimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>sespero e medo.Os homens po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sempenhar um papel mais efectivo na redução do impacto do HIV/SIDA. Precisamos ajudar e <strong>de</strong>safiar os homens a se envolverem mais em activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cuidadoe apoio. Os homens também po<strong>de</strong>m conversar com as mulheres que fazem parte da sua vida,compartilhando as tarefas do lar com mais igualda<strong>de</strong>. Isso reduziria a carga que as mulherestêm <strong>de</strong> carregar. Os homens têm um papel essencial a <strong>de</strong>sempenhar apoiando outros homens,ajudando-os a lidar com o HIV/SIDA, tanto em termos práticos como emocionais.42Em um estudo da UNAIDS <strong>de</strong> 1998, os autores revelaram que em Kyela, Tanzania “os homens gostariam <strong>de</strong> apoiar mais suas esposas quandoestavam doentes, mas sentiam-se constrangidos por causa dos padrões culturais que <strong>de</strong>terminam os papéis masculinos”. Aggleton, P., & Warwick,I. 1998. A comparative analysis of findings from multisite studies of household and community responses to HIV and AIDS in <strong>de</strong>veloping countries.UNAIDS: Geneva.Envolvendo Rapazes e Homens na Transformação das Relações <strong>de</strong> Género: <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>Educativas</strong> •Projecto Acquire/ Engen<strong>de</strong>rHealth e <strong>Promundo</strong> 2008251

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