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Educação Ambiental: aprendizes de sustentabilidade - Ministério da ...

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1. INTRODUÇÃOPercebemos no cotidiano uma urgente necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transformações para asuperação <strong>da</strong>s injustiças ambientais, <strong>da</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> social, <strong>da</strong> apropriação <strong>da</strong> natureza– e <strong>da</strong> própria humani<strong>da</strong><strong>de</strong> – como objetos <strong>de</strong> exploração e consumo. Vivemos emuma cultura <strong>de</strong> risco, com efeitos que muitas vezes escapam à nossa capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>percepção, mas aumentam consi<strong>de</strong>ravelmente as evidências <strong>de</strong> que eles po<strong>de</strong>m atingirnão só a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> quem os produz, mas as <strong>de</strong> outras pessoas, espécies e até gerações.Trata-se <strong>de</strong> uma crise ambiental nunca vista na história, que se <strong>de</strong>ve à enormi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong>res humanos, com seus efeitos colaterais e conseqüências não-antecipa<strong>da</strong>s,que tornam ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s as ferramentas éticas her<strong>da</strong><strong>da</strong>s do passado. (GIDENS e BECK apud BALMAN)Para o enfrentamento <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>safios e <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s na perspectiva <strong>de</strong> uma éticaambiental, <strong>de</strong>vemos consi<strong>de</strong>rar a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a integração <strong>de</strong> saberes. Tais preocupaçõeséticas criam condições <strong>de</strong> legitimação e reconhecimento <strong>da</strong> educação ambientalpara além <strong>de</strong> seu universo específico; ela se propõe a aten<strong>de</strong>r aos vários sujeitos quecompõem os meios sociais, culturais, raciais e econômicos que se preocupem com asustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> socioambiental. Devido às suas características multidimensionais e interdisciplinares,a educação ambiental se aproxima e interage com outras dimensões<strong>da</strong> educação contemporânea, tais como a educação para os direitos humanos, para apaz, para a saú<strong>de</strong>, para o <strong>de</strong>senvolvimento e para a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. Mas sua especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>está no respeito à diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, aos processos vitais – com seus limites <strong>de</strong> regeneração ecapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte – eleitos como balizadores <strong>da</strong>s <strong>de</strong>cisões sociais e reorientadoresdos estilos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> individuais e coletivos.Este é o caso <strong>da</strong> experiência social <strong>da</strong> educação ambiental no interior <strong>da</strong> Secretaria<strong>de</strong> <strong>Educação</strong> Continua<strong>da</strong>, Alfabetização e Diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> (Secad), do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong><strong>Educação</strong> (MEC), ao ressignificar o cui<strong>da</strong>do para com a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> como valorético-político, orientador <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s ambientalmente sustentáveis.I<strong>de</strong>ário que alimenta a utopia <strong>de</strong> uma relação simétrica entre os interesses <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong><strong>de</strong>se os processos ambientais, fugindo <strong>da</strong> dicotomia estigmatizante ambiente-natureza.Nesta gestão também foi fortaleci<strong>da</strong> a relação com o <strong>Ministério</strong> do Meio Ambiente,no âmbito do Órgão Gestor (OG) <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong>(PNEA) , propiciando a gestão compartilha<strong>da</strong> entre os sistemas <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> meioambiente, com políticas integra<strong>da</strong>s entre a educação formal e não-formal. Os atoresdo campo <strong>da</strong> educação ambiental – gestores, governos, socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,juventu<strong>de</strong>s, empresas etc. – foram incentivados a assumir a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pela elaboração<strong>da</strong> Política e do Programa <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong>. Desta forma, os programas,projetos e ações foram implementados com a ampla participação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, envolvendoatores para além dos setores educacionais, estreitando a relação escola-comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>e o enraizamento <strong>da</strong> educação ambiental nos sistemas <strong>de</strong> ensino. “Cultura que introduz riscos que as gerações prece<strong>de</strong>ntes não tiveram que enfrentar.” O Órgão Gestor foi criado pela Lei nº 9.795/99, que estabelece a Política Nacional <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong> (PNEA),regulamenta<strong>da</strong> pelo Decreto nº 4.281/02 e implementado em junho <strong>de</strong> 2003.<strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong> 11

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