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Educação Ambiental: aprendizes de sustentabilidade - Ministério da ...

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A primeira dimensão diz respeito ao reconhecimento e institucionalização <strong>da</strong> EA.Sendo apontados como:• Principais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s: i) resistências <strong>de</strong> diversas naturezas, atribuí<strong>da</strong>s, em parte,à “imaturi<strong>da</strong><strong>de</strong>” <strong>da</strong> EA como disciplina 19 que ain<strong>da</strong> não possui arcabouço teórico emetodológico consoli<strong>da</strong>do; ii) falta <strong>de</strong> recursos financeiros e <strong>de</strong> infra-estrutura acadêmicapara o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos, a qual estaria associa<strong>da</strong> à ausência <strong>de</strong> políticas<strong>de</strong> fomento – o que foi relacionado por alguns informantes a uma suposta condição <strong>de</strong>“marginali<strong>da</strong><strong>de</strong>” <strong>da</strong> EA, especialmente quando se configura como conjunto <strong>de</strong> ações<strong>de</strong> conteúdo i<strong>de</strong>ológico crítico e emancipatório; e, iii) <strong>de</strong>sconhecimento (e <strong>de</strong>sacato) <strong>da</strong>legislação sobre EA por parte <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica.• Elementos facilitadores: i) formulação <strong>de</strong> políticas públicas e institucionaiscomo meio para o reconhecimento <strong>da</strong> EA e incentivo para sua inserção nos currículos<strong>de</strong> todos os cursos e <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s acadêmicas; ii) criação <strong>de</strong> estruturas ou órgãosresponsáveis pela gestão ambiental <strong>da</strong> IES, os quais participariam <strong>da</strong> formulação e execução<strong>de</strong> políticas ambientais municipais e regionais; e, iii) criação <strong>de</strong> parcerias intra einterinstitucionais entre IES e outras instituições sociais.• Priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s para elaboração <strong>de</strong> políticas públicas: i) implementação <strong>de</strong> programas<strong>de</strong> institucionalização <strong>da</strong> EA que abarquem to<strong>da</strong>s as instâncias – ensino, pesquisa,extensão e gestão – em to<strong>da</strong>s as IES, além <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa, intervenção eformação <strong>de</strong> educadores ambientais; ii) implantação <strong>de</strong> “núcleos <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong> EA”,responsáveis por sua inserção em cursos <strong>de</strong> graduação, na extensão, na pós-graduação,bem como pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa nas linhas acadêmicas e <strong>de</strong>intervenção social; e, iii) formulação <strong>de</strong> propostas para a formação ambiental continua<strong>da</strong>,técnico-profissional e <strong>de</strong> professores.A segun<strong>da</strong> dimensão diz respeito à dinâmica institucional, isto é, à organizaçãoacadêmica e as condições que proporciona para a inserção <strong>da</strong> EA em uma perspectivatransversal e interdisciplinar. Sendo apontado como:• Principais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s: i) <strong>de</strong>partamentalização <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, juntamentecom burocratização, fragmentação, hierarquização, hiperespecialização e <strong>de</strong>sarticulaçãodos conhecimentos; ii) a conseqüente “territorialização” <strong>da</strong> epistemologia ambiental;e, iii) dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para a formação <strong>de</strong> equipes interdisciplinares.• Elementos facilitadores: i) maior integração entre as diversas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s acadêmicas<strong>de</strong> ensino, pesquisa, extensão e gestão; ii) criação <strong>de</strong> equipes interdisciplinares;iii) mobilização do pessoal e aproveitamento <strong>da</strong> produção acumula<strong>da</strong> <strong>de</strong> conhecimentosnas diversas áreas disciplinares presentes na instituição, entre as quais a <strong>Educação</strong><strong>Ambiental</strong>; e, iv) renovação do compromisso socioambiental <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, com promoção<strong>da</strong> extensão universitária e envolvimento comunitário em iniciativas populares esolidárias.• Priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s para elaboração <strong>de</strong> políticas públicas: i) formação <strong>de</strong> grupos e criação<strong>de</strong> espaços e estruturas para o trabalho coletivo e interdisciplinar, em to<strong>da</strong>s as19 TOULMIN (1972 apud PORLÁN, 1998) <strong>de</strong>fine as disciplinas como “empresas racionais em evolução” que têmcomo características: a) um conjunto <strong>de</strong> problemas específicos conceituais ou práticos; b) a existência <strong>de</strong> umacomuni<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional crítica; c) um ponto <strong>de</strong> vista geral e compartilhado sobre a disciplina (metas e i<strong>de</strong>ais); d)estratégias e procedimentos aceitos; e, e) populações conceituais em evolução vincula<strong>da</strong>s a problemas específicos.Uma disciplina se diz madura apenas quando reúne todos os requisitos.<strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong> 27

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