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Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf

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• Administrar antipsicóticos sedativos se houver<br />

delirium, pois é ao mesmo tempo um bloqueador<br />

α-adrenérgico e dopaminérgico.<br />

• Adotar medidas gerais, como controle dos sinais<br />

vitais e de proteção ao paciente.<br />

SITUAÇÕES ESPECIAIS<br />

Gravidez<br />

O metilfenidato é lipofílico: atravessa a barreira<br />

placentária. Existem informações controversas<br />

quanto ao seu potencial teratogênico. Enquanto<br />

não forem esclarecidas, seu uso deve ser evitado<br />

na gravidez (Categoria C do FDA).<br />

Lactação<br />

É secretado no leite materno. Seu uso deve ser<br />

suspenso durante a amamentação; caso contrário,<br />

o aleitamento materno deve ser interrompido.<br />

Crianças<br />

Pode ser administrado com segurança para crianças<br />

com mais de 6 anos de idade. Administrar a<br />

dose imediatamente antes das situações mais críticas<br />

para o aparecimento de dificuldades de atenção<br />

ou hiperatividade, como, por exemplo, antes<br />

de ir para a escola. É prudente descontinuar o<br />

medicamento de tempos em tempos (férias), pois<br />

não são bem conhecidos seus efeitos sobre o crescimento<br />

no longo prazo. Parece diminuir a produção<br />

do hormônio do crescimento durante o primeiro<br />

ano de utilização.<br />

Idosos<br />

É uma droga segura para o tratamento de idosos,<br />

mas as doses devem ser menores do que as habituais.<br />

LABORATÓRIO<br />

Durante o uso prolongado do metilfenidato,<br />

realizar periodicamente hemograma completo<br />

com contagem diferencial de leucócitos e contagem<br />

de plaquetas. As anfetaminas podem elevar<br />

os níveis de corticosteróides, especialmente à noite,<br />

e, portanto, interferir em dosagens urinárias<br />

de esteróides.<br />

PRECAUÇÕES<br />

1. Os sintomas de nervosismo e insônia são mais<br />

comuns no início do tratamento.<br />

2. Alertar o paciente e seus familiares para o<br />

risco de abuso da droga (especialmente em<br />

pacientes sob risco). Mesmo em abusadores<br />

e dependentes químicos, o metilfenidato é<br />

eficiente no controle do transtorno de déficit<br />

de atenção com hiperatividade. Isso ocorre<br />

porque, cada vez mais, estudos têm observado<br />

que vários abusadores e dependentes de<br />

drogas possuem como diagnóstico primário<br />

o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.<br />

O abuso de drogas talvez seja uma<br />

forma que tais pacientes encontram – sem<br />

se darem conta – de se automedicar (ao fazerem<br />

uso de drogas, ficam menos desatentos).<br />

3. Pode agravar quadros psicóticos, glaucoma,<br />

hipertensão, hipertireoidismo, problemas cardiovasculares,<br />

transtornos de ansiedade,<br />

transtornos convulsivos, tiques e discinesias.<br />

Avaliar o paciente previamente para verificar<br />

se o mesmo não é portador de um desses<br />

transtornos.<br />

4. Monitorar cuidadosamente as cifras tensionais<br />

em pacientes hipertensos.<br />

5. Monitorar o crescimento (peso e altura) em<br />

crianças que utilizarem por longos períodos<br />

e interromper a droga nos períodos de férias.<br />

6. Verificar periodicamente a função cardíaca<br />

(hipertensão, arritmias) e a hepática.<br />

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pharmacodynamic properties of stimulants: implications for<br />

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METILFENIDATO<br />

MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />

5. Swanson J, Gupta S, Guinta D, e cols. Acute tolerance to<br />

methylphenidate in the treatment of attention deficit<br />

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