Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
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APOMORFINA<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
10. Wisner KL, Peral JM, Findling RL. Antidepressant<br />
treatment during breast-feeding. Am J Psychiatry 1996;<br />
153(9): 1132-7.<br />
APOMORFINA<br />
UPRIMA (Lab. Abbott)<br />
• Caixas com 2 comprimidos sublinguais de 2<br />
ou 3 mg.<br />
FARMACOCINÉTICA<br />
E MODO DE USAR<br />
O cloridrato de apomorfina é um agonista dopaminérgico<br />
de ação central, o qual tem sido recentemente<br />
utilizado por via sublingual para tratamento<br />
da disfunção erétil, inclusive em pacientes<br />
com graus leves de HAS, diabete, dislipidemia e<br />
doença arterial coronariana, tornando-se uma alternativa<br />
para os pacientes que não podem usar<br />
sildanefil ou similares 1-4 .<br />
Após a administração sublingual, é rapidamente<br />
absorvido, atingindo pico de concentração plasmática<br />
em 40 a 60 minutos, possuindo alta afinidade<br />
pelas proteínas plasmáticas (90%). É extensamente<br />
metabolizado pelo fígado e excretado<br />
principalmente por via renal. Não possui metabólitos<br />
ativos, e a meia-vida é de aproximadamente<br />
3 horas. Pode ser usado a cada 8 horas; a alimentação<br />
não afeta a absorção sublingual 5 . A<br />
apomorfina inibe as atividades dos citocromos<br />
CYP1A2, CYP2D6 e CYP3A do sistema P450; entretanto,<br />
as baixas concentrações plasmáticas, a<br />
meia-vida curta e o padrão de uso tornam improvável<br />
que a apomorfina via sub-lingual iniba significativamnete<br />
o metabolismo de outros fármacos<br />
mediado por esses citocromos.<br />
A eficácia da apomorfina foi comprovada no tratamento<br />
da disfunção erétil. 6 No tratamento dessa<br />
disfunção, são utilizados comprimidos sublinguais.<br />
O início do efeito de um comprimido sublingual<br />
ocorre em 18 a 19 minutos após o uso, embora o<br />
início real da ereção possa variar de acordo com<br />
cada paciente. Os comprimidos dissolvem melhor<br />
com umidade; assim, o paciente deve ser orientado<br />
a beber pequena quantidade de água antes<br />
de usar o comprimido sublingual. A dose inicial<br />
recomendada para tratamento de disfunção erétil<br />
é de 2 mg, podendo ser aumentada para 3 mg se<br />
não houver resposta terapêutica. Um estudo randomizado<br />
duplo-cego com placebo demonstrou<br />
eficácia e tolerabilidade de uma dose de 4 mg<br />
(maior do que a aprovada) 2 . Lembrar que a apomorfina<br />
não age sobre a libido; logo, faz-se necessária<br />
a estimulação prévia para que o medicamento<br />
possa agir. Não é necessário ajuste de dose<br />
para os idosos 5 .<br />
A apomorfina ainda é utilizada por via sub-cutânea<br />
no tratamento do fenômeno “on-off” das fases<br />
mais adiantadas da doença de Parkinson 6-9 .<br />
Utilizam-se doses intermitentes de 2 a 10 mg. A<br />
administração enteral da apomorfina é contraindicada<br />
devido a seu extenso metabolismo de<br />
primeira passagem e à presença de náuseas excessivas,<br />
vômito e azotemia 10 .<br />
FARMACODINÂMICA<br />
E MECANISMOS DE AÇÃO<br />
A apomorfina é um agonista dopaminérgico com<br />
afinidade sobre receptores D1 e D2, especialmente<br />
em receptores D2 do mesencéfalo e hipotálamo<br />
associados à ereção peniana. O estímulo pro-erétil<br />
é central, provavelmente através de uma melhor<br />
sinalização neural para a resposta vascular peniana<br />
5 . Não age na libido.<br />
REAÇÕES ADVERSAS<br />
E EFEITOS COLATERAIS<br />
Mais comuns: náusea (dose-dependente), cefaléia,<br />
tontura, hipotensão ortostática 1-5,10 .<br />
Menos comuns: bocejos, sedação, bradicardia,<br />
síncope, transpiração, movimentos involuntários<br />
(na administração sub-cutânea para doença de<br />
Parkinson), rinite, faringite.<br />
INDICAÇÕES<br />
Evidências consistentes:<br />
• tratamento da disfunção erétil 1-4,10 ;<br />
• doença de Parkinson, fases mais adiantadas,<br />
fenômeno “on-off”, (períodos “off”) (2 a 10 mg)<br />
via subcutânea 6-9 .<br />
Evidências incompletas:<br />
• como teste de diagnóstico diferencial na doença<br />
de Parkinson (segunda opção após a levodopa),<br />
via subcutânea 11,12 .<br />
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