Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
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PAROXETINA<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
222<br />
PAXIL CR (Lab. Glaxo SmithKline)<br />
• Caixas com 30 comprimidos de liberação controlada,<br />
de 12,5 e 25 mg;<br />
• caixas com 30 comprimidos de 25 mg.<br />
PAXTRAT (Lab. União Química)<br />
• Caixas com 20 comprimidos de 20 mg.<br />
PONDERA (Lab. Eurofarma)<br />
• Caixas com 20 e 30 comprimidos de 20 mg;<br />
• caixas com 30 comprimidos de 30 mg;<br />
• caixas com 10 e 20 comprimidos de 40 mg;<br />
• caixas com 20 comprimidos de 10 mg.<br />
ROXETIN (Lab. Cristália)<br />
• Caixas com 20 ou 30 comprimidos de 20 mg;<br />
• caixas com 20 comprimidos de 30 mg.<br />
FARMACOCINÉTICA<br />
E MODO DE USAR<br />
A paroxetina foi lançada nos Estados Unidos em<br />
1993 e é o mais potente inibidor seletivo da recaptação<br />
de serotonina in vitro. Parece ter também<br />
alguma ação de inibição da recaptação de<br />
noradrenalina. Aprovada inicialmente para uso na<br />
depressão, ela é utilizada no transtorno obsessivocompulsivo,<br />
na ansiedade generalizada, na fobia<br />
social e no transtorno do pânico, dentre outras<br />
condições psiquiátricas. É um derivado da fenilpiperidina,<br />
com uma estrutura química distinta<br />
dos outros antidepressivos. É completamente absorvida<br />
após administração oral. Os antiácidos e<br />
os alimentos aparentemente não interferem em<br />
sua absorção. É lipofílica, ligando-se fortemente<br />
às proteínas plasmáticas (95%). É metabolizada<br />
em nível hepático, gerando metabólitos que aparentemente<br />
não são ativos, os quais são excretados<br />
na urina. Tem meia-vida de aproximadamente<br />
21 horas (9 a 28 horas), atingindo o pico de concentração<br />
plasmática em 3 a 8 horas após a dose<br />
oral. Esse valor é aumentado em função da idade,<br />
da insuficiência renal moderada ou grave (clearence<br />
da creatinina inferior a 30 mL/min), e da<br />
cirrose hepática. Não há relação entre a dose ingerida<br />
e os níveis plasmáticos. É um potente inibidor<br />
do CYP2D6, embora em grau menor que a<br />
fluoxetina e menor ou semelhante à sertralina.<br />
Conseqüentemente, inibe seu próprio metabolismo<br />
que, por esse motivo, não é linear. O volume<br />
de distribuição atinge 15L/kg e o clearence plasmático<br />
fica ao redor de 78 L/h. O estado de equilíbrio<br />
plasmático é atingido em 5 a 14 dias após o<br />
início do uso. A metabolização é essencialmente<br />
hepática, e seus metabólitos são praticamente<br />
inativos. A excreção ocorre por via renal (62%), e<br />
o restante, pelas fezes. Em pacientes idosos, os<br />
níveis séricos se elevam 2 vezes mais, e em pacientes<br />
com o clearence de creatinina abaixo de 30<br />
mL/L, se elevam até 4 vezes em comparação com<br />
indivíduos normais após uma dose única de 20 a<br />
40 mg. 1,2<br />
A paroxetina é mais efetiva que o placebo, sendo<br />
tão eficaz quanto os tricíclicos e os demais ISRSs<br />
no tratamento da fase aguda da depressão maior,<br />
tanto em pacientes internados como em pacientes<br />
ambulatoriais e na prevenção de recaídas e recorrências<br />
(tratamento de manutenção). 4-6 No tratamento<br />
da depressão, deve-se iniciar com doses<br />
de 10 mg/dia para testar a tolerância do paciente;<br />
e se não houver reações adversas de maior intensidade,<br />
passar imediatamente, para 20 mg. Aguardar<br />
de 3 a 4 semanas para observar se ocorre alguma<br />
redução na intensidade dos sintomas. Em caso<br />
positivo, manter a dose até completar 8 semanas.<br />
Se não houver nenhuma modificação, pode-se aumentar<br />
a dose para 30 ou 40 mg (ou até 60 mg),<br />
especialmente em pacientes que estejam apresentando<br />
sintomas graves, com depressão recorrente<br />
ou que já tenham utilizado antidepressivos em<br />
doses maiores. A paroxetina foi ainda eficaz no<br />
tratamento da distimia 7 e tão eficaz quanto a<br />
venlafaxina no tratamento de episódios depressivos<br />
do transtorno do humor bipolar, 8 situação<br />
na qual tem sido considerada uma das opções.<br />
Também se mostrou eficaz no tratamento do<br />
transtorno do pânico. 9,10 No tratamento dos sintomas<br />
desse transtorno, a dose inicial deve ser<br />
de 5 ou 10 mg ao dia, com aumentos de 5 ou 10<br />
mg por semana, até 40 mg/dia, com dose média<br />
de 20 mg/dia. Na ansiedade generalizada, revelou-se<br />
eficaz tanto no tratamento agudo como<br />
na terapia de manutenção para prevenir recaídas,<br />
em doses de 20 a 50 mg, apresentando resultados<br />
levemente superiores com a dose mais alta; nesse<br />
caso, o efeito foi atingido depois de 8 semanas.<br />
11,12 Apresentou aficácia na fobia social, tanto<br />
no tratamento agudo 13 como na terapia de manutenção,<br />
14 em doses de 20 a 50 mg/dia, bem como<br />
no estresse pós-traumático 15,16 em doses de 20 a<br />
50 mg/dia, observando-se o efeito máximo somente<br />
depois de 12 semanas.<br />
A paroxetina mostrou-se mais efetiva que o placebo<br />
no tratamento do TOC, durante 8 a 12 semanas,<br />
em doses que variaram de 20 a 60 mg/dia. 17<br />
Foi útil na prevenção de recaídas pelo período de<br />
pelo menos um ano. Revelou-se efetiva ainda no<br />
tratamento do jogo patológico 18 e dos sintomas<br />
físicos da menopausa (calorões), em doses de 12,5<br />
e 25 mg/dia, podendo ser utilizada como uma<br />
alternativa para a reposição hormonal. 19