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Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf

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BUPROPIONA<br />

• administração concomitante de IMAOs (fazer<br />

um washout de 2 semanas do IMAO);<br />

• tumores cerebrais e outras síndromes cerebrais<br />

orgânicas.<br />

INTOXICAÇÃO<br />

Superdoses foram descritas com a bupropiona,<br />

variando de 850 até 9.000 mg. A maioria dos pacientes<br />

não teve efeitos clinicamente significativos<br />

nem alterações eletrocardiográficas e eletrencefalográficas.<br />

Apesar disso, já existem relatos de<br />

óbitos decorrentes de parada cardíaca e mortes<br />

em razão de overdose de bupropiona. Estima-se<br />

que a dose letal seja menor que 10 gramas. Os<br />

sintomas são: ansiedade, pânico, agitação, confusão,<br />

sonolência, insuficiência respiratória, letargia<br />

delirium e psicose. Podem ocorrer ainda convulsões<br />

que devem ser tratadas com diazepam EV e/<br />

ou fenitoína. Taquicardia sinusal também é comum.<br />

Se o indivíduo estiver consciente e se a ingestão<br />

for recente, pode-se induzir o vômito. Se inconsciente<br />

ou letárgico: realizar lavagem gástrica logo<br />

após a ingestão ou usar carvão ativado até 12<br />

horas depois. Devem ser adotadas ainda medidas<br />

para assegurar a ventilação e a reposição de fluidos.<br />

Realizar EEG e ECG nas primeiras 48 horas.<br />

A diálise parece não oferecer benefícios, pois a<br />

difusão da bupropriona dos tecidos para o plasma<br />

é muito lenta.<br />

SITUAÇÕES ESPECIAIS<br />

quadros depressivos em crianças, não está estabelecida<br />

até o presente momento. Deve ser evitado<br />

o seu uso em portadores de tiques e transtorno<br />

de Tourette, comuns em crianças com TDAH.<br />

Idosos<br />

A bupropriona tem sido utilizada em pacientes<br />

idosos deprimidos, que apresentam apatia e falta<br />

de energia em doses de até 450 mg por dia. Os<br />

efeitos colaterais mais comuns foram insônia, inquietude<br />

e agitação, que melhoraram depois de<br />

2 semanas ou com a redução da dose. Outras reações<br />

adversas não foram observadas.<br />

Como as pessoas idosas são mais propensas aos<br />

efeitos colaterais e como seu metabolismo é mais<br />

lento, deve-se tentar utilizar doses mais baixas<br />

que sejam efetivas e menores que as utilizadas<br />

em adultos.<br />

LABORATÓRIO<br />

O valor clínico da determinação da dosagem plasmática<br />

ainda não foi estabelecido. Estudos demonstraram<br />

que pode haver uma relação curvilínea<br />

de resposta (similar à nortriptilina) que vai<br />

de 25 a 100 μg/mL. E, ainda, pacientes que não<br />

responderam apresentavam altos níveis de seus<br />

metabólitos. Pode dar falsos positivos em testes<br />

de urina para anfetaminas. Em um estudo foi observada<br />

ainda uma pequena redução transitória<br />

na contagem de leucócitos.<br />

PRECAUÇÕES<br />

MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />

Gravidez<br />

A bupropiona atravessa a barreira placentária, devendo<br />

ser evitada durante a gravidez, principalmente<br />

durante o primeiro trimestre.<br />

Lactação<br />

Deve ser descontinuada durante a lactação, pois<br />

é excretada no leite materno.<br />

Crianças<br />

A bupropiona foi eficaz comparativamente ao placebo,<br />

com eficácia semelhante ao metilfenidato<br />

em crianças com déficit de atenção/hiperatividade.<br />

Mas esses estudos ainda são raros e com pequeno<br />

número de pacientes. Reações alérgicas<br />

como rash cutâneo e urticárias foram duas vezes<br />

mais comuns no grupo tratado com o fármaco,<br />

do que no que utilizou placebo 6-8 . A eficácia em<br />

1. Deve-se evitar o uso da bupropriona em pacientes<br />

que tenham predisposição a apresentar<br />

convulsões: epilépticos, com anormalidades<br />

no EEG, com traumatismo crânio-encefálicos,<br />

com síndromes cerebrais orgânicas, em<br />

alcoolistas após a suspensão do álcool ou<br />

após a suspensão de benzodiazepínicos. Deve-se<br />

evitar ainda o uso concomitante com<br />

outras substâncias que reduzam o limiar convulsivante<br />

e a ingestão em dose única em<br />

pacientes predispostos a convulsões.<br />

2. A bupropiona deve ser evitada em pacientes<br />

com tumores prolactino-dependentes, já que<br />

seus efeitos dopaminérgicos podem causar<br />

aumento nos níveis séricos de prolactina.<br />

3. Embora não se tenham evidências de hepatotoxicidade<br />

da bupropriona, em pacientes<br />

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