Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
PRECAUÇÕES<br />
BUPROPIONA<br />
BUPROPIONA<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
1. A buprenorfina pode causar dependência<br />
química, embora em menor grau do que os<br />
agonistas opióides totais; porém, mesmo assim<br />
deve-se ter cuidado especial com pacientes<br />
com dor crônica, que precisam fazer uso<br />
prolongado desse medicamento.<br />
2. Deve ser usada com cuidado em pacientes<br />
que estejam utilizando outras substâncias depressoras<br />
do SNC devido ao risco de depressão<br />
respiratória.<br />
3. Utilizar com restrições em pacientes portadores<br />
de DPBOC devido ao risco de depressão<br />
respiratória.<br />
4. Em pacientes com uso prolongado, fazer uma<br />
retirada lenta e gradual da buprenorfina devido<br />
ao risco de síndrome de abstinência.<br />
5. Por ser um medicamento depressor do SNC,<br />
pode prejudicar as performances motora e<br />
psíquica, acarretando prejuízo em tarefas<br />
como conduzir veículos e operar máquinas.<br />
6. Em pacientes dependentes de opióides, a buprenorfina<br />
pode precipitar, por seu antagonismo,<br />
síndrome de abstinência.<br />
7. Quando utilizada por via EV, deve ser administrada<br />
lentamente por no mínimo 2 minutos.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
1. Davids E, Gastpar M. Buprenorphine in the treatment of<br />
opioid dependence. Drug Alcohol Depend 2003; 72:13-21.<br />
2. Schottenfeld SR, Pake RJ, Oliveto A e cols. Buprenorphine<br />
vs methadone maintenance treatment for concurrent opioid<br />
dependence and cocaine abuse. Arch Gen Psychiatry1997;<br />
54: 713-720.<br />
3. Wise AR. The neurobiology of craving: implications for<br />
the understanding and treatment of addictions. J of<br />
Abnormal Psychology 1988;97:118-132.<br />
4. Carrieri MP, Rey D, Loundou A, Lepeu G, Sobel A, Obadia<br />
Y; The MANIF-2000 Study Group. Evaluation of buprenorphine<br />
maintenance treatment in a French cohort of HIVinfected<br />
injecting drug users. Eur Neuropsychopharmacology<br />
2004; 14:209-16.<br />
5. Johnson, RE et al. A comparison of levomethadyl acetate,<br />
buprenorphine, and methadone for opioid dependence. N<br />
Engl J of Med 2000; 343:1290-1297.<br />
6. Krantz, MJ, Mehler, PS. Treating Opioid Dependence:<br />
Growing Implications for Primary Care. Arch Intern Med<br />
2004; 164:277-288.<br />
7. Stimmel, B, Reese, TV, Johnson, RE, Strain, EC, Bigelow,<br />
GE, O’Connor, PG. Treating Opioid Dependence. N Engl J<br />
Med, 2001; 344;530-531.<br />
8. O’Connor, PG. Treating Opioid Dependence – New Data<br />
and New Opportunities. N Engl J Med 2000; 343:1332-1334.<br />
CLORIDRATO DE BUPROPIONA (Lab. Eurofarma)<br />
• Caixas com 30 e 60 comprimidos revestidos de<br />
150 mg.<br />
WELLBUTRIN SR (Lab. Glaxo SmithKline)<br />
• Caixas com 30 comprimidos de 150 mg.<br />
ZETRON (Lab. Libbs)<br />
• Caixas com 30 comprimidos de 150 mg.<br />
ZYBAN (Lab. Glaxo)<br />
• Caixas com 30 e 60 comprimidos de 150 mg.<br />
FARMACOCINÉTICA<br />
E MODO DE USAR<br />
A bupropiona é uma fenilaminocetona monocíclica,<br />
com estrutura semelhante à da anfetamina.<br />
É rapidamente absorvida no trato gastrintestinal,<br />
e o pico plasmático é atingido em aproximadamente<br />
3 horas. A absorção não sofre influência<br />
da ingestão de alimentos. Liga-se a proteínas plasmáticas<br />
em aproximadamente 85%. Seu volume<br />
de distribuição fica ao redor de 2.000 L, e a meiavida<br />
é de 21 horas em média, podendo variar de<br />
8 a 39 horas. Seis horas depois da administração,<br />
as concentrações plasmáticas são de apenas 30%<br />
da concentração no pico. Sua metabolização é<br />
predominantemente hepática, pelo CYP2B6,<br />
inibindo fracamente a CYP2D6. A bupropiona tem<br />
metabólitos que parecem ser ativos (com efeitos<br />
do tipo anfetamina) e responsáveis pelo efeito<br />
clínico; porém, a contribuição de cada um na resposta<br />
clínica ainda não é conhecida. Como os metabólitos<br />
têm meia-vida maior que a própria bupropiona,<br />
após múltiplas doses, a concentração<br />
plasmática é maior. Seu perfil de interações com<br />
outras substâncias é relativamente favorável. Deve-se,<br />
entretanto, ter precauções quando a bupropriona<br />
é utilizada em associação com fluoxetina,<br />
lítio ou IMAOs 1,2 .<br />
A bupropiona atinge o estado de equilíbrio em 5<br />
dias, e seus metabólitos em 10 dias (em média<br />
ao redor de 8 dias). Tem ampla distribuíção nos<br />
tecidos. Oitenta e sete por cento do fármaco e<br />
seus metabólitos são eliminados pela urina, e<br />
10%, pelas fezes.<br />
A eficácia da bupropriona, no tratamento da depressão,<br />
mesmo grave, está bem estabelecida. No<br />
tratamento desses quadros em pacientes adultos,<br />
deve-se iniciar com uma dose de 150 mg por dia,<br />
54