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Somos Semeadores: estratégias identitárias na Escola Normal Sarah

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municipal de educação do Rio de Janeiro. Ao longo de 13 anos, eu exerci a função de<br />

“professora primária”. Por isso, ao olhar para trás creio ter sido, de certa forma, bastante<br />

compreensível o interesse que demonstrei desde os primeiros meses do mestrado, em tentar<br />

perscrutar que tipos de construções se faziam, no ambiente acadêmico, a respeito daquele<br />

grupo ao qual eu pertencera por tanto tempo.<br />

Como veremos, eu procurara refletir sobre esse tema, até então, a partir de aspectos<br />

que me eram reportados por outros olhares e entendimentos. Via de regra, essas perspectivas<br />

se calcavam no chamado “senso comum”, pois se referenciavam <strong>na</strong>s observações do dia a dia,<br />

<strong>na</strong>s raras oportunidades de debate com outros professores, <strong>na</strong>s inúmeras reclamações<br />

desferidas por pais insatisfeitos... Enfim, no cotidiano de um professor da rede pública. Para<br />

minha surpresa, muitas destas questões não só eram familiares àqueles que realizavam<br />

estudos <strong>na</strong> área de educação, como eram objetos de pesquisa, tanto aqui como em outros<br />

países.<br />

Esta não era obviamente a única “bagagem” que carregava ao iniciar esta nova<br />

trajetória. Sou graduada em História e creio que este fato contribui para que o olhar que eu<br />

procurei lançar sobre os temas da educação assumisse um viés bastante específico. Trata-se de<br />

um olhar que, <strong>na</strong> maior parte das vezes, busca conjugar tempo e espaço <strong>na</strong> interpretação dos<br />

fatos, característica que, como veremos, irá influenciar sobremaneira a escolha fi<strong>na</strong>l do tema<br />

desta pesquisa e sua condução.<br />

Eu me via, então, freqüentando as aulas do mestrado já com algumas “áreas de<br />

interesse”, para usar uma expressão que possa traduzir aquele verdadeiro maremoto de<br />

sentimentos que, acredito, sejam característicos de uma pessoa que tem uma vaga idéia<br />

daquilo que lhe incita a curiosidade. Uma das primeiras discipli<strong>na</strong>s que cursei foi “História da<br />

Educação”. Nesta, não só tive a feliz possibilidade de retomar o contato com a professora<br />

Libânia Xavier, que já havia sido minha professora <strong>na</strong> licenciatura e que iria se tor<strong>na</strong>r a<br />

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