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Somos Semeadores: estratégias identitárias na Escola Normal Sarah

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de um espaço, no qual o sertão, visto como sinônimo de um local onde perduram tradições e<br />

costumes antigos, se inseria em um dos símbolos do que o Brasil tinha de mais cosmopolita: a<br />

cidade do Rio de Janeiro.<br />

Além disso, a região de Campo Grande, como muitas outras, conheceu períodos de<br />

apogeu e de crise econômica ao longo de sua história. No início do século XX, surgiram<br />

novas atividades econômicas, que engendraram uma nova realidade social <strong>na</strong> região. Fazendo<br />

com que esta, a partir de 1950, pudesse se “aproximar” do restante da cidade.<br />

Uma escola “recém <strong>na</strong>scida”, criada em momento e lugar tão peculiares, tornou-se<br />

para nós um objeto irresistível e que permitiu dar à nossa pesquisa os recortes que lhe<br />

faltavam. Decidimos então lançar nosso olhar para a turma de formandos de 1965 como nosso<br />

primeiro foco de análises, pois sua formação nesta escola se faz no período limiar daquela<br />

segunda geração, citada por Pécaut (1990). Sua atuação profissio<strong>na</strong>l se inicia não só <strong>na</strong><br />

metade da década, mas também no ano subseqüente ao golpe militar.<br />

A ela nos voltamos, procurando priorizar relatos de ex-alunos e professores. Neste<br />

momento já pensávamos <strong>na</strong>s questões que poderíamos apresentar a eles no intuito de procurar<br />

compreender o tipo de formação que estes futuros docentes receberam. Com essas questões<br />

também buscaríamos depreender a influência desta formação sobre as pedagogias por eles<br />

praticadas em sua atuação profissio<strong>na</strong>l, assim como resgatar a forma como eram tratadas, no<br />

âmbito escolar, as questões sociais e políticas do período.<br />

1.3 TERCEIRA APROXIMAÇÃO: O PROFESSOR E O INTELECTUAL<br />

Dessa forma, fica claro que não era nossa intenção deixar de lado a “questão<br />

intelectual”, mas sabíamos que a forma como ela perpassaria nossa pesquisa deveria se tor<strong>na</strong>r<br />

mais clara. Começamos, assim, a buscar uma definição pertinente para o próprio termo<br />

“intelectual”. Percebemos, <strong>na</strong> verdade, que a própria definição de intelectual não é tão simples<br />

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