Somos Semeadores: estratégias identitárias na Escola Normal Sarah
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A abordagem dos processos de formação e de evolução das instituições educativas<br />
constitui um domínio do conhecimento historiográfico em renovação no quadro da<br />
História da Educação. Uma renovação em que novas formas de questio<strong>na</strong>r-se<br />
cruzam com um alargamento das problemáticas e com uma sensibilidade acrescida à<br />
diversidade dos contextos e à especificidade dos modelos e práticas educativas. Uma<br />
abordagem que permitia a construção de um processo histórico que confere uma<br />
identidade às instituições educativas. (...) Compreender e explicar a existência<br />
histórica de uma instituição educativa é , sem deixar de integrá-la <strong>na</strong> realidade mais<br />
ampla que é o sistema educativo, contextualizá-lo implicando-a no quadro de<br />
evolução de uma comunidade e de uma região, é por fim sistematizar e (re) escreverlhe<br />
o intinerário de vida <strong>na</strong> sua multimensio<strong>na</strong>lidade, conferindo um sentido<br />
histórico.( MAGALHÃES apud GATTI, 2002, p.19).<br />
Em nosso trabalho, procuramos dialogar com algumas idéias bem abrangentes, pois<br />
percebemos que muitos aspectos ligados à forma como a ENSK se estruturou nos primeiros<br />
anos de sua formação podem ser melhor compreendidos se observados à luz de alguns dos<br />
conceitos trabalhados por Hobsbawm em “A invenção das tradições” (1984). Da mesma<br />
forma, acreditamos entrever alguns pontos de contato entre a noção de identidade de Dubar e<br />
as análises de Chartier (1988) acerca de Formação social e da noção de habitus 8 procuramos<br />
fazer desta percepção uma ferramenta para tor<strong>na</strong>r as questões às quais nos reportamos um<br />
pouco mais inteligíveis.<br />
8 Fazemos referência ao capítulo III de “A história cultural;entre práticas e representações”, no qual o<br />
autor apresenta uma interessante leitura de alguns dos pressupostos teóricos de Norbert Elias.<br />
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