Somos Semeadores: estratégias identitárias na Escola Normal Sarah
Somos Semeadores: estratégias identitárias na Escola Normal Sarah
Somos Semeadores: estratégias identitárias na Escola Normal Sarah
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Figura 7 – Família Caldeira de Alvarenga<br />
A figura central nesta foto é a matriarca da família ; Mafalda Teixeira de Alvarenga,<br />
que atualmente empresta seu nome a uma escola municipal da região. No livro Biografia do<br />
Dil, o autor acrescenta uma legenda à foto <strong>na</strong> qual indica a profissão dos familiares retratados.<br />
As três mulheres são professoras, já os rapazes são, respectivamente, médico e advogado. O<br />
fato das três mulheres retratadas serem professoras revela, a nosso ver, a distinção que a<br />
atividade docente emprestava às mulheres pertencentes às famílias de elite. Profissão<br />
consentida às mulhreres, No livro “Origem da posse e Domínio das Terras de Grumarim ...”<br />
citado anteriormente, Francisco Caldeira de Alvarenga – <strong>na</strong> verdade o único que não “se<br />
formou” – fez com que ficasse registrado que :<br />
Em Crumarim, houve em 1895, duas escolas, com a criação de uma outra dirigida<br />
pela professora D. Mafalda Teixeira de Alvarenga, escola que funcionou até 1912,<br />
<strong>na</strong> própria casa da fazenda.<br />
Essa professora e educadora conseguiu com grande esforço e sacrifício, ensi<strong>na</strong>r a<br />
grande número de alunos de ambos os sexos, ensi<strong>na</strong>ndo além de escrita, leitura,<br />
matemática, noções de história do Brasil e geografia, trabalhos manuais, e costura e<br />
trabalhos de agulha às meni<strong>na</strong>s. Não havia caixa escolar, e, o auxílio às crianças<br />
pobres, de roupas, objetos de expediente, medicamentos, eram feitos à custa da<br />
77