Somos Semeadores: estratégias identitárias na Escola Normal Sarah
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Dos anos de 1958 e 1959, o autor retira trechos que reforçam ainda mais o perfil sacro<br />
que a profissão consagra:<br />
Não há maior exemplo de amor à sabedoria, de esforço, paciêcia, sinceridade,<br />
polidez, entusiasmo, otimismo, abnegação e sacrifício, de conscienciosa dedicação à<br />
inestimável tarefa de instruir e educar as gerações presentes e futuras. Dessa nobre<br />
missão depende, sem dúvida, o apuro da perso<strong>na</strong>lidade e do caráter dos educandos<br />
(Jor<strong>na</strong>l do Brasil, Rio de Janeiro,15 out. 1958. P. 15 apud FERREIRA, 1994, p. 47)<br />
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[...] bem tinha razão Rui Barbosa quando fixou os três momentos em que o homem<br />
se aproxima de deus (sic): no orar; no lavrar e no educar. São três atitudes supremas:<br />
para o céu, para a terra e para a alma..( Jor<strong>na</strong>l do Brasil, Rio de Janeiro,15 out.<br />
1959. P. 4 apud FERREIRA, 1994, p. 47).<br />
É a partir destas representações – que julgamos ser aquelas pela qual os professores<br />
primários eram percebidos pela sociedade brasileira <strong>na</strong> década de 1960 – que nos<br />
reportaremos à Zo<strong>na</strong> Oeste carioca, procurando não só vislumbrar aspectos da história da<br />
região – cujas particularidades julgamos terem influência <strong>na</strong> criação da ENSK –, como<br />
também perceber algumas facetas da relação que os alunos daquela escola estabeleceram com<br />
esta “herança identitária”. É o que pretendemos explorar no próximo capítulo.<br />
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