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TATIANE OLIVEIRA DA CUNHA - Programa de Pós-Graduação em ...

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habitantes, <strong>em</strong> 1852 conforme <strong>de</strong>stacou Almeida. 182 Passos Subrinho, com base nos dados do<br />

censo <strong>de</strong> 1872 mencionou que a população livre da Província era 153.615 para uma população<br />

escrava <strong>de</strong> 22.582 contando num total <strong>de</strong> 176.197 habitantes. Conforme as duas estimativas,<br />

percebe-se num período aproximado <strong>de</strong> uma década, um pequeno aumento da população<br />

livre, <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 3.615, e uma consi<strong>de</strong>rável redução da população escrava <strong>de</strong> 17.418.<br />

Embora não se tenha certeza da quantida<strong>de</strong> exata da população livre e escrava nas décadas <strong>de</strong><br />

1860 e 1870, <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer uma contag<strong>em</strong> <strong>em</strong> toda a Província, essa<br />

estimativa evi<strong>de</strong>ncia claramente a tendência gradativa <strong>de</strong> diminuição do el<strong>em</strong>ento servil. Fato<br />

que justifica uma maior preocupação com a substituição do trabalho escravo a partir da<br />

década <strong>de</strong> 1870 <strong>em</strong> Sergipe. 183 Nunes também <strong>de</strong>stacou o crescimento da população sergipana<br />

que, <strong>em</strong> 1839, contava com 167.397 habitantes passando para 310.926 <strong>em</strong> 1890. 184 Francisco<br />

Carlos Teixeira da Silva, usando os dados do censo <strong>de</strong> 1900 mostrou que a população<br />

sergipana contava com 356.264 habitantes na virada do século XIX. 185<br />

O <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnizar os engenhos, combater a ociosida<strong>de</strong>, moralizar os<br />

costumes, <strong>de</strong>senvolver o amor ao trabalho, combater a criminalida<strong>de</strong>, construir prédios<br />

públicos, melhorar a comunicabilida<strong>de</strong> entre povoados, vilas e cida<strong>de</strong>s, entre outros projetos,<br />

estavam presentes <strong>em</strong> muitos dos relatórios dos Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Província como ver<strong>em</strong>os a<br />

seguir. Apesar do período <strong>de</strong>sse trabalho estar <strong>de</strong>limitado entre os anos <strong>de</strong> 1874 a 1901, no<br />

transcorrer da pesquisa a documentação apontou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer um recuo<br />

principalmente à década <strong>de</strong> 1860, visto que os relatórios do início <strong>de</strong>ssa década <strong>de</strong>nunciam a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se encontrar trabalhadores livres para essa Província.<br />

2.3. Vilas e Cida<strong>de</strong>s<br />

Na comparação feita entre os mapas abaixo, intitulados: Sergipe: Vilas e Cida<strong>de</strong>s<br />

- 1820 e Sergipe: Cida<strong>de</strong>s e Vilas – 1889 verificamos um consi<strong>de</strong>rável aumento das vilas e<br />

cida<strong>de</strong>s no Sergipe oitocentista. Antes do século XIX, Sergipe possuía além da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

182<br />

ALMEI<strong>DA</strong>, op. cit., p. 96-97.<br />

183<br />

PASSOS SUBRINHO, op. cit., p. 152-154.<br />

184<br />

NUNES, Maria Thetis. Sergipe Provincial II (1840-1889). Rio <strong>de</strong> Janeiro: T<strong>em</strong>po Brasileiro; Aracaju, Se,<br />

2006, p.45.<br />

185<br />

SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Camponeses e Criadores na formação social da miséria: Porto da<br />

Folha no Sertão do São Francisco (1820-1920). Dissertação <strong>de</strong> Mestrado <strong>em</strong> História da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

Fluminense. Niterói-RJ. 1981, p.109.<br />

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