TATIANE OLIVEIRA DA CUNHA - Programa de Pós-Graduação em ...
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<strong>CUNHA</strong>, Tatiane Oliveira da. “Práticas e prédicas <strong>em</strong> nome <strong>de</strong> Cristo...”: Capuchinhos na<br />
“cruzada civilizatória” <strong>em</strong> Sergipe (1874-1901). 140 f. 2011. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado –<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia e Ciências Humanas, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, 2011.<br />
RESUMO<br />
O Brasil da segunda meta<strong>de</strong> do século XIX enfrentava a questão da substituição da mão-<strong>de</strong>-<br />
obra escrava pela livre ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que almejava transformar-se numa Nação<br />
“civilizada” aos mol<strong>de</strong>s europeus. É nessa tessitura que esta pesquisa objetiva compreen<strong>de</strong>r a<br />
contribuição das missões itinerantes capuchinhas na “cruzada civilizatória” no Sergipe <strong>de</strong><br />
1874 a 1901. Para tanto, usamos como fio condutor a atuação do missionário frei João<br />
Evangelista Giuliani <strong>de</strong> Monte Marciano, a partir do seu ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> m<strong>em</strong>órias. Verificamos<br />
que essas missões <strong>de</strong>ixaram diversas contribuições. Ajudaram na concretização dos planos<br />
das autorida<strong>de</strong>s e dos proprietários <strong>de</strong> terras à medida que convocavam a população ao<br />
trabalho. O i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> trabalho como instrumento <strong>de</strong> salvação não ficava apenas no discurso. Os<br />
missionários levavam a população sergipana a construir importantes obras comunitárias,<br />
ajudando a suprir uma <strong>de</strong>ficiência do Estado, a ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> estradas, pontes, tanques,<br />
c<strong>em</strong>itérios e hospitais. Transmitiam as práticas do catolicismo a uma população carente <strong>de</strong><br />
párocos. A missão também era uma festa para a população, que além da prática sacramental<br />
aproveitava o evento religioso para encontrar parentes e amigos e formar também novas re<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong>s, importantes para o comércio. No entanto, compreen<strong>de</strong>mos que a<br />
apropriação da mensag<strong>em</strong> pela população não se <strong>de</strong>u exatamente da forma como queriam as<br />
autorida<strong>de</strong>s civis e eclesiásticas, pois era influenciada pela sua visão do mundo. Nesta<br />
pesquisa usamos além das fontes oficiais da Or<strong>de</strong>m Capuchinha, os Relatórios dos<br />
Presi<strong>de</strong>ntes da Província e os relatos <strong>de</strong> m<strong>em</strong>orialistas.<br />
PALAVRAS-CHAVE: Capuchinhos, Missões, Civilização, Trabalho, Sergipe.