02.06.2013 Views

Linguagem, Educação e Artes - Vol.1 - 2010 - Unorp

Linguagem, Educação e Artes - Vol.1 - 2010 - Unorp

Linguagem, Educação e Artes - Vol.1 - 2010 - Unorp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Conclusão<br />

É notório que apesar de todas as desconfianças com que jornalistas tratam<br />

certas fontes, elas são instâncias interdependentes e dentro, da nova ótica que este<br />

trabalho discute, ambos estão interessados mutuamente, ou seja, o jornalista está<br />

tão interessado nas fontes como as fontes, agora, estão interessadas nos<br />

jornalistas. Segundo Sousa, os jornalistas procuram as chamadas fontes abertas,<br />

capazes de providenciar toda a informação crível de que eles necessitam<br />

―desesperadamente‖ para que o produto noticioso possa ser fabricado. Por outro<br />

lado, as fontes estão pretendendo com um caráter intencional cada vez mais<br />

planejado, que os jornalistas aproveitem tudo o que elas pretendem, ou seja, que<br />

toda as informações que disponibilizam passem pelos ―portões‖. A identificação do<br />

jornalista com a fonte ou com o material informativo oferecido por esta pode<br />

propiciar um perigoso efeito para a democracia e para o bom jornalismo, que é o<br />

controle da fonte sobre os conteúdos da informação. E poderá também levar o<br />

jornalista a ser acrítico para com a fonte, deixando-se dominar por sua influência.<br />

Porém, nada parece deter o avanço das fontes, que se organizam, treinam-<br />

se, profissionalizam-se e estão muito disponíveis para, não apenas prestar<br />

informações, como para exercer também o ofício de comunicadores. Vários meios<br />

de comunicação estão se rendendo à nova realidade, posicionando-se com mais<br />

proximidade junto às fontes. A TV Tem, de São José do Rio Preto, vem divulgando,<br />

em alguns de seus noticiários locais, um telefone para que os telespectadores<br />

possam sugerir reportagens, institucionalizando seus canais de contato com elas e,<br />

em alguns casos, como visto neste trabalho, na primeira parte, até delegando a<br />

função de repórter.<br />

A informação tornou-se um dos bens mais conhecidos e aceitos da sociedade<br />

moderna. A notícia consolidou-se como um produto tendente à gratuidade. A<br />

tecnologia encurtou o mundo e fraturou as distâncias. E os cidadãos já não são mais<br />

os mesmos. Uma nova ótica para a transmissão, a geração e a gerência de<br />

informações, e especificamente do jornalismo, se impõe neste cenário. Os<br />

jornalistas estão vendo fugir o seu papel de gatekeeper privilegiado da informação<br />

pública. O que será da notícia? O que será da reportagem e do repórter? Questões<br />

como estas estão bem guardadas no futuro, mas já há fortes indícios do que este vai<br />

acontecer em breve.<br />

52

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!