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Linguagem, Educação e Artes - Vol.1 - 2010 - Unorp

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nas ruas do Rio, agindo como polícia por ―tempos indeterminados‖, como queria a<br />

então governadora Rosinha Matheus Garotinho.<br />

Tal título apresenta perfil metalingüístico, pelo seu retorno aos signos polícia e<br />

soldado, explicitando a distinção entre um e outro pela ênfase dos mesmos. Sua<br />

notícia esclarece que o Exército não está preparado para esse tipo de tarefa, os<br />

soldados reagem pesadamente como se estivessem numa guerra; os policiais,<br />

agentes de segurança pública, treinados para executar operações de controle e<br />

repressão ao crime, usam equipamentos mais adequados às ações armadas na<br />

malha urbana. O título já determina que é importante não confundir os dois papéis.<br />

Toda polícia é soldado, mas nem todo soldado é agente de segurança pública<br />

urbana.<br />

O jornal Folha de São Paulo, do dia 15/06/03 traz, na editoria Cotidiano,<br />

página C1, o seguinte título: ―Poluição por ozônio sufoca Ibirapuera‖. E, como<br />

subtítulo: ―Porque 1,1 milhão de metros quadrados, localizados em S. Paulo ficou<br />

em estado de atenção em 26 dos 351 dias que a CETESB colheu amostras‖.<br />

O título, por ser formado por um termo específico da Química inorgânica, ozônio,<br />

relacionado à ciência, vem acompanhado de ilustração e imagens<br />

predominantemente metalinguísticas, com a finalidade de esclarecer ao receptor o<br />

que é o ozônio (―gás instável formado por três átomos de oxigênio; um agente<br />

oxidante extremamente poderoso‖) e o seu processo físico-químico formador.<br />

A ilustração traz também os efeitos no organismo humano, pauta bastante<br />

comentada por especialistas da USP ao longo da matéria como: ―o ozônio, de fato,<br />

pode atacar o material genético celular. Pode, portanto, formar um tumor‖, diz o<br />

pesquisador Carlos Menck, do Instituto Brasileiro de Ciências Biomédicas da USP‖.<br />

―O ozônio vem acompanhado de uma série de outros oxidantes fotoquímicos. Lesa o<br />

organismo pela capacidade que tem de retirar um elétron de lipídios, das proteínas e<br />

do DNA. Por isso, está relacionado às mutações e, dependendo do lugar onde isso<br />

ocorre, pode gerar um câncer‖ (Folha de S. Paulo. 15/06/03, p1).<br />

Paralelamente à tal ilustração, a Folha traz o subtítulo de classificação feita<br />

por ela mesma; OZÔNIO RUIM, que é esclarecido metalingüísticamente ao leitor:<br />

―sua alta reatividade o torna um elemento tóxico capaz de atacar proteínas, lipídios<br />

(gordura) e, segundo estudos, o DNA. Na troposfera (camada mais baixa da<br />

atmosfera), é capaz de prejudicar o crescimento dos vegetais‖. Observação: neste<br />

contexto, há um processo metalingüístico que traduz lipídios, termo técnico da<br />

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