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Linguagem, Educação e Artes - Vol.1 - 2010 - Unorp

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seu aspecto positivo, pois contribuiu para a ampliação do acesso de um grande<br />

número de pessoas à escolarização.<br />

O capítulo 1 (Humanidade, cultura e conhecimento) retoma a premissa de que<br />

― não há conhecimento sem a ação consciente do ser humano‖ e busca estabelecer<br />

as bases de uma antropologia filosófica explorando pela história civilizatória a<br />

definição do que é ser humano, e como ocorreu essa humanização. Nos dizeres de<br />

Álvaro Vieira Pinto, deixar de ser ―produzido pelo produzido pela natureza” e tornar<br />

um “ produzido produtor do que o produz” . Percorre um "passeio histórico" e vai<br />

coletando e relacionando elementos fundamentais, como as origens e a evolução<br />

biológica das espécies; a cultura do homem produto e produtor; a ação<br />

transformadora do homem sobre a natureza por meio do trabalho, enquanto<br />

atividade humanizadora; o conhecimento e os valores como construção coletiva e<br />

balizadores da existência humana; e, finalmente, a não-neutralidade dos processos<br />

educativos e da ação da escola.<br />

O capítulo 2 (Conhecimento e verdade: a matriz da noção de descoberta)<br />

explora a história da civilização grega, a produção de conhecimento por meio das<br />

indagações da filosofia grega e, mais especificamente, do paradigma que possibilita<br />

a construção da idéia de verdade como "descoberta contemplativa" ou como<br />

―revelação divina‖ originárias da atividade de uma escola dissociada da prática<br />

produtiva, fruto do ócio (tempo livre) e riqueza da aristocracia. Sendo assim, a<br />

vivência e os conhecimentos adquiridos na escola/ócio possibilitavam o domínio da<br />

arte de falar, sensibilizar e argumentar bem, e esse era um fator decisivo para o<br />

domínio e poder nas Ágoras Gregas. Também rejeita o conhecimento apenas como<br />

produto científico, sistemático, metódico e deliberado, apartado paulatinamente da<br />

metafísica aristotélica. Por isso, situa sua concepção de conhecimento,<br />

contrapondo-se à desgastada idéia de verdade. Aborda o conhecimento com suas<br />

múltiplas dimensões, como algo a ser construído pelo sujeito sobre o objeto, com<br />

caráter social-político que se constrói a partir da relação entre o sujeito crítico e o<br />

objeto de estudo, na vivência do coletivo daquele contexto histórico. Cortella afirma<br />

que ―O principal canal de conservação e inovação dos valores e conhecimentos são<br />

as instituições sociais como a família e a igreja, o mercado profissional, a mídia, a<br />

escola etc. ... Desse prisma, a educação é instrumento basilar para nós‖ ( p.49).<br />

O capítulo 3 ( A escola e a construção do conhecimento) trata da mitificação<br />

da ciência e dos cientistas - como mundo e seres fantásticos, respectivamente - na<br />

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