Linguagem, Educação e Artes - Vol.1 - 2010 - Unorp

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Conclusão É notório que apesar de todas as desconfianças com que jornalistas tratam certas fontes, elas são instâncias interdependentes e dentro, da nova ótica que este trabalho discute, ambos estão interessados mutuamente, ou seja, o jornalista está tão interessado nas fontes como as fontes, agora, estão interessadas nos jornalistas. Segundo Sousa, os jornalistas procuram as chamadas fontes abertas, capazes de providenciar toda a informação crível de que eles necessitam ―desesperadamente‖ para que o produto noticioso possa ser fabricado. Por outro lado, as fontes estão pretendendo com um caráter intencional cada vez mais planejado, que os jornalistas aproveitem tudo o que elas pretendem, ou seja, que toda as informações que disponibilizam passem pelos ―portões‖. A identificação do jornalista com a fonte ou com o material informativo oferecido por esta pode propiciar um perigoso efeito para a democracia e para o bom jornalismo, que é o controle da fonte sobre os conteúdos da informação. E poderá também levar o jornalista a ser acrítico para com a fonte, deixando-se dominar por sua influência. Porém, nada parece deter o avanço das fontes, que se organizam, treinam- se, profissionalizam-se e estão muito disponíveis para, não apenas prestar informações, como para exercer também o ofício de comunicadores. Vários meios de comunicação estão se rendendo à nova realidade, posicionando-se com mais proximidade junto às fontes. A TV Tem, de São José do Rio Preto, vem divulgando, em alguns de seus noticiários locais, um telefone para que os telespectadores possam sugerir reportagens, institucionalizando seus canais de contato com elas e, em alguns casos, como visto neste trabalho, na primeira parte, até delegando a função de repórter. A informação tornou-se um dos bens mais conhecidos e aceitos da sociedade moderna. A notícia consolidou-se como um produto tendente à gratuidade. A tecnologia encurtou o mundo e fraturou as distâncias. E os cidadãos já não são mais os mesmos. Uma nova ótica para a transmissão, a geração e a gerência de informações, e especificamente do jornalismo, se impõe neste cenário. Os jornalistas estão vendo fugir o seu papel de gatekeeper privilegiado da informação pública. O que será da notícia? O que será da reportagem e do repórter? Questões como estas estão bem guardadas no futuro, mas já há fortes indícios do que este vai acontecer em breve. 52
A consciência de que é possível dosar, dirigir, intensificar, separar, omitir, manipular a informação a partir das fontes vai se fortalecendo. Cresce também a demanda por informação e posicionam-se para atendê-la todos aqueles que estão compreendendo qual revolução está em curso dentro desta esfera comunicacional. As demais fontes, que ainda não participam deste entendimento, certamente poderão ser capacitadas para esta missão. Afinal, a informação, um bem verdadeiramente público, pode ser gerada e gerida por todos. 53
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Chanceler Dr. Augusto Cezar Casseb
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EDITORIAL DA PRIMEIRA EDIÇÃO ELET
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ARTIGOS SUMÁRIO Poliziano e Bottic
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