O Globo, 05/11/1954 - Geia Plural
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egente: “morto Tibério, Caio Graco,<br />
seu irmão, determinou seguir o exem-<br />
plo glorioso que lhe ele legara.” (I, 52).<br />
“O território [...] era o mais azado para<br />
receber avisos e socorros na Europa e<br />
para se o inimigo estender facilmente<br />
para os lados.” (VPAV, 92).<br />
Agora, umas elegantes elipses:<br />
– da preposição em antes do pro-<br />
nome relativo que: “um dia que Tibério<br />
Graco assistia no Capitólio” (I, 49);<br />
– do termo intensivo tal, na ex-<br />
pressão de tal maneira... que: “votou<br />
um ódio tão entranhável ao gênero hu-<br />
mano e de maneira o reputava entre-<br />
gue aos crimes e aos vícios que se paga-<br />
va mais do desprezo que da estima dos<br />
homens.” (I, 10);<br />
– do advérbio mais, já antes enun-<br />
ciado: “o povo desta feita, ao menos,<br />
mais moderado e prudente que seus<br />
inimigos, satisfez-se com esta pequena<br />
reforma.” (I, 46).<br />
Passemos agora a um pleonasmo<br />
elegante: do aposto dêitico este, segui-<br />
do da partícula afirmativa sim: “Os ins-<br />
trumentos de que Deus se serve, esses<br />
Índice<br />
sim, podem ser bons ou maus.” (VPAV,<br />
56).<br />
Cremos escusado seguir adian-<br />
te em nossa tentativa de provar mate-<br />
rial e insofismavelmente por que razão<br />
ainda hoje, no Brasil e em Portugal, o<br />
maranhense João Francisco Lisboa é<br />
considerado um dos mais elegantes e<br />
perfeitos conhecedores dos segredos e<br />
da opulência da quase “última flor do<br />
Lácio mui culta e bela”.<br />
Em conclusão<br />
Dando por encerrada nossa tarefa,<br />
recorreremos à tese com que o profes-<br />
sor Fernando Segismundo pretendeu<br />
conquistar a cadeira de História Ge-<br />
ral e do Brasil no Colégio Pedro II.[12]<br />
Destacarei dela os principais juízos crí-<br />
ticos sobre a obra do Timon Brasileiro,<br />
por ele relacionados da obra A pesqui-<br />
sa histórica no Brasil, de José Honório<br />
Rodrigues:[13]<br />
Francisco Adolfo Varnhagen consi-<br />
derava João Lisboa “o nosso primeiro e<br />
único historiador, o pai da nossa histó-<br />
ria”. (p. 70)<br />
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