O Globo, 05/11/1954 - Geia Plural
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eles, transformá-los em pontos de culto do orgulho da identidade local e nacional.<br />
Por isso, no lugar de vandalismo e esquecimento, propostas. Há<br />
muito tempo, reclamamos espaços destinados a imensos e ajardinados jardins,<br />
a verdadeiros panteões da memória pública, para que os cidadãos tenham<br />
diante de si a permanente lembrança pedagógica de seu passado, em forma de<br />
monumentos, estátuas, bustos, fontes, altos e baixos-relevos, colocados como<br />
advertência de que podemos nos equiparar aos nossos antepassados em tudo.<br />
A questão é muito simples. Tais monumentos estão ausentes de nossas praças<br />
públicas, escolas, bibliotecas, faculdades, universidades, academias, institutos,<br />
e a simples existência destes símbolos da identidade cultural e histórica de um<br />
povo são meios eficazes de provocar nas pessoas a comoção pelo passado que<br />
possuem.<br />
Em São Luís, há excelentes espaços onde tais jardins públicos e panteões<br />
poderiam ser erguidos, com policiamento durante 24 horas por dia, a fim de<br />
preservá-los da destruição. Todo o entorno da Biblioteca Pública Benedito Leite<br />
poderia ser ajardinado, reurbanizado, até as proximidades do Liceu Maranhense,<br />
e convertido em um imenso jardim público, repleto de fontes, plantas, flores,<br />
árvores, coretos, bustos, estátuas, monumentos de todos os tamanhos, a evocarem<br />
a memória dos ilustres maranhenses e de suas importantes contribuições para<br />
a cultura de nossa terra e de nosso país. Um espaço como este – que poderia<br />
ser estendido a outras praças importantes de São Luís, como a Benedito Leite, a<br />
Gonçalves Dias, Alegria, entre outras – é reivindicado há tempos não apenas por<br />
maranhenses, mas também por todos os turistas que visitam a nossa terra e não<br />
encontram espaços públicos nobres, destinados para esse fim específico.<br />
O que ganha o Maranhão com estes empreendimentos? Nobreza, beleza,<br />
Índice<br />
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