O Globo, 05/11/1954 - Geia Plural
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FRANcIScO SOTERO DOS REIS<br />
REcONTExTUALIzADO<br />
Francisco Sotero dos Reis, que,<br />
como Machado de Assis, só teve<br />
iniciação escolar pouco<br />
além das primeiras letras,<br />
viveu seus setenta e um<br />
anos sem sair de São Luís<br />
do Maranhão, onde militou<br />
no jornalismo e, filiado<br />
ao Partido Conservador,<br />
exerceu mandatos de<br />
vereador daquela capital<br />
e deputado em diversas legislaturas<br />
da Assembleia Provincial, da qual foi<br />
presidente.<br />
Exerceu o cargo de professor<br />
catedrático do Liceu Maranhense,<br />
de que foi o primeiro diretor, e do<br />
Instituto de Humanidades, fundado<br />
Francisco Sotero dos Reis<br />
Índice<br />
Antônio Martins de Araújo<br />
e dirigido por Pedro Nunes Leal,<br />
estabelecimento onde exerceu o<br />
magistério de latim,<br />
português, e de literatura<br />
portuguesa e brasileira.<br />
Dessa última disciplina,<br />
então concebida com<br />
uma amplitude hoje<br />
inadmissível, ministrou o<br />
famoso Curso de literatura<br />
portuguesa e brasileira,<br />
posteriormente editada em cinco<br />
tomos de igual título.<br />
Tem-se verberado seu classicismo<br />
e sua lusitanidade como imobilismo e<br />
purismo. Faz-se tabula rasa contra o<br />
fato de suas Postillas de grammatica<br />
geral virem refertas de exemplos<br />
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