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O Globo, 05/11/1954 - Geia Plural

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Francisco Lisboa, constituída pelos<br />

saudosos maranhenses Cônego José de<br />

Ribamar Carvalho, Domingos Vieira<br />

Filho, Mário Martins Meireles e Ruben<br />

Ribeiro de Almeida (vd. Bibliografia).<br />

Ei-los:<br />

“O seu discurso foi [...] um impro-<br />

viso, e todavia que obra-prima de elo-<br />

quência! Desde então fiquei fazendo de<br />

Lisboa o juízo que ele realmente mere-<br />

cia, como um talento verdadeiramente<br />

superior, diante do qual eu podia cur-<br />

var-me, seguro de não ser o admirador<br />

de um charlatão; e digo que esse ho-<br />

mem num teatro mais folgado e numa<br />

época revolucionário, tão própria para<br />

fazer sobressair os dotes oratórios, se-<br />

ria, um Demóstenes, um Mirabeau, um<br />

O’Connel.” CORREIA, Frederico Jose.<br />

Um livro de crítica. Maranhão, ed.,do<br />

autor, 1878, p. 184)<br />

Neste passo, firmado por um dos<br />

maiores críticos de nossa literatura, se<br />

destaca o lado sarcástico do Jornal de<br />

Timon, saído da pena de nosso biogra-<br />

fado:<br />

“É essa obra, única na literatura<br />

Índice<br />

nacional, que principalmente distingue<br />

João Lisboa entre os nossos escritores.<br />

É uma sátira da melhor qualidade, do<br />

mais elevado espírito, cheia de humor,<br />

de graça e de imaginação. Nem o pessi-<br />

mismo do autor carrega o quadro, que<br />

é palpitante de verdade. O tom é em<br />

parte o de romance, e por mais de um<br />

toque, João Lisboa precedeu os nossos<br />

realistas e naturalistas. É um livro de<br />

humour, no melhor sentido anglo-sa-<br />

xônio da palavra.” (VERÍSSIMO, José.<br />

In Estudos de Literatura Brasileira.<br />

2ª. série (sem localização, editor e data;<br />

vide p. 6 do citado opúsculo).<br />

Eis aqui o que disse de nosso bio-<br />

grafado outro grande nome da crítica<br />

litrária brasileira:<br />

“Até hoje [João Lisboa] é o único<br />

historiador nosso em cujas páginas se<br />

sentem palpitar algumas das agitações<br />

d’alma popular, algumas das pulsações<br />

do coração da nacionalidade que se ia e<br />

vai formando.<br />

Varnhagen, Pereira da Silva, Melo<br />

Morais, Norberto e Silva, Joaquim Ca-<br />

etano, Cândido Mendes – são mudos<br />

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