IAN - Gerdau
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Os três principais mercados em que a Companhia opera são os setores de construção civil, indústria<br />
e agropecuária. No ano passado, os dois primeiros setores representaram aproximadamente 98% do volume<br />
total de vendas da Companhia medido em toneladas. Em 2001, a <strong>Gerdau</strong> produziu 6,1 milhões de toneladas<br />
de aço bruto, dos quais 3,5 milhões (não incluindo a produção da Açominas) foram produzidos no Brasil (13,0<br />
% da produção nacional) e 2,6 milhões de toneladas em suas subsidiárias no exterior. No segmento de aços<br />
laminados longos, a <strong>Gerdau</strong> é a maior produtora brasileira, com aproximadamente 44,5% da produção total.<br />
Para o exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2001, as vendas líquidas consolidadas atingiram<br />
US$ 2,3 bilhões, gerando um lucro líquido consolidado de US$ 152,5 milhões.<br />
Estratégia empresarial<br />
O principal foco dos negócios da <strong>Gerdau</strong> é a produção descentralizada de aços longos utilizando<br />
fornos elétricos a arco (EAF), mini-mills e tecnologia de lingotamento contínuo. As fábricas são localizadas e<br />
dimensionadas para que se adaptem à economia local e tenham acesso eficiente aos mercados. Essa<br />
estratégia foi uma resposta às dimensões geográficas do Brasil, sua infra-estrutura limitada e elevados custos<br />
de frete, que motivaram o crescimento de um negócio focado na venda de produtos onde as matérias-primas<br />
pudessem ser facilmente obtidas. A partir da metade da década de 1970, até o começo dos anos 1990, a<br />
<strong>Gerdau</strong> concentrou-se em aumentar sua participação de mercado no Brasil mediante uma combinação de<br />
aumento da capacidade de produção das instalações existentes e de aquisições estratégicas, tipicamente de<br />
mini-mills que estivessem enfrentando problemas, nas quais a contribuição principal da empresa estaria<br />
relacionada a técnicas gerenciais, ao invés de capital. A <strong>Gerdau</strong> aumentou a sua participação na produção<br />
brasileira de aços longos de 14,1% da produção total em toneladas, em 1975, para 44,5%, em 2001. A<br />
participação da Companhia na produção brasileira de aço bruto cresceu de 6,3% para 13,0% durante o<br />
mesmo período. Ver “Processo de Produção – Produção Doméstica de Aço.” A estratégia da <strong>Gerdau</strong> foi<br />
implementada através das seguintes aquisições:<br />
• Aquisições em nível nacional no Brasil: na década de 1960, a Companhia adquiriu uma fábrica<br />
em Pernambuco, no Nordeste do Brasil. Na década de 1970, adquiriu duas usinas (Alagoas e<br />
Paraná) e construiu sua maior usina, no Rio de Janeiro. A estrutura da <strong>Gerdau</strong> desenvolveu-se<br />
ainda mais como resultado de sua participação nos leilões de privatização no Brasil no final da<br />
década de 1980 e início da década de 1990. Na primeira fase das privatizações, adquiriu a<br />
fábrica de Barão de Cocais, em 1988, e a Usina Siderúrgica da Bahia S.A. – Usiba (“Usiba”), em<br />
1989. Na segunda fase das privatizações, mais ampla, a <strong>Gerdau</strong> adquiriu a Companhia<br />
Siderúrgica do Nordeste (“Cosinor”), em 1991, e a Aços Finos Piratini S.A. (“Piratini”), uma<br />
fabricante de aços especiais, em parte com o objetivo de entrar no mercado de produtos de alto<br />
valor agregado. A <strong>Gerdau</strong> aumentou significativamente a produtividade (medida em toneladas<br />
métricas de aço bruto por homem/ano) dessas fábricas privatizadas desde a aquisição, através<br />
da redução do número de funcionários e de investimentos na melhoria tecnológica de processos<br />
e equipamentos. Através desses investimentos e de estratégias de gerenciamento, a <strong>Gerdau</strong> tem<br />
sido bem-sucedida em melhorar significativamente a rentabilidade dessas empresas e alcançar<br />
melhores custos e produtividade dentro de um período de tempo relativamente curto. Em 1994, a<br />
Companhia adquiriu a Pains, uma siderúrgica localizada em Divinópolis, no Estado de Minas<br />
Gerais, através da aquisição da Korf Gmbh, uma empresa alemã. A <strong>Gerdau</strong> desfez-se<br />
substancialmente de outros bens que adquiriu através da Korf e que não eram relacionados com<br />
o principal negócio da <strong>Gerdau</strong>, a produção de aços longos comuns. A aquisição da Pains gerou<br />
um processo antitruste no Brasil, que foi mais tarde resolvido de maneira bem-sucedida. Na<br />
segunda metade de 1997, a <strong>Gerdau</strong> adquiriu participação no capital da Açominas, fabricante de<br />
produtos semi-acabados. Desde a primeira aquisição, em 1997, a <strong>Gerdau</strong> comprou mais ações<br />
da Açominas; ao final de 2001, detinha 37,9% dessa Companhia. Mais recentemente, em<br />
dezembro de 2001, a <strong>Gerdau</strong> fez uma oferta de R$ 426,6 milhões (US$ 177,7 milhões) por uma<br />
participação adicional na Açominas em um leilão promovido pelo Banco Central do Brasil. A<br />
operação foi completada em 19 de fevereiro de 2002 e, como resultado, a <strong>Gerdau</strong> atualmente<br />
detém 54,14% da Açominas. Além disso, em 8 de fevereiro de 2002, a <strong>Gerdau</strong> formalizou um<br />
acordo para adquirir uma participação de 24,8% que a Natsteel (de Cingapura) possui na<br />
Açominas. Conforme os termos do acordo, a <strong>Gerdau</strong> poderá exercer seu direito de compra das<br />
ações da Natsteel até 09 de setembro de 2002.<br />
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