IAN - Gerdau
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Futuro<br />
A Companhia continuará a implementar sua estratégia de curto e médio prazos, tomando as<br />
seguintes medidas:<br />
• Gerenciamento financeiro: Devido ao alto custo dos empréstimos no Brasil e à atual tendência de<br />
consolidação da indústria de aço em nível mundial, a estratégia da Companhia a médio prazo é<br />
consolidar as empresas que adquiriu e reduzir suas despesas financeiras. Isso será alcançado<br />
através da estratégia de ampliar o prazo das dívidas já existentes, de modo a aumentar o fluxo de<br />
caixa disponível para novos investimentos, sem aumentar substancialmente a alavancagem da<br />
Companhia. A intenção é utilizar cada vez mais o fluxo de caixa para financiar os dispêndios com<br />
ativos fixos, com exceção das expansões estratégicas necessárias para manter ou estabelecer a<br />
participação em segmentos lucrativos de mercado. A ênfase está, primeiro, em aumentar a<br />
eficiência e a rentabilidade das operações existentes, e, segundo, em limitar a alocação de capital<br />
para aquisições às oportunidades mais importantes.<br />
• Gerenciamento de custos: A Companhia continuará a se concentrar em garantir suprimentos<br />
adequados e confiáveis de sucata e em adequar seus níveis de produção para minimizar custos<br />
de produção variáveis. Embora a Companhia tenha flexibilidade para alternar o foco da produção<br />
do mercado interno para a exportação, dependendo da demanda do mercado, as vendas internas<br />
têm geralmente sido mais lucrativas do que as exportações; é provável que, no futuro, a<br />
Companhia se concentre pesadamente nas vendas regionais para cada uma de suas<br />
companhias. Todavia, a volatilidade histórica da economia brasileira faz da flexibilidade de<br />
produção e de mercado uma prioridade gerencial para a <strong>Gerdau</strong>, de forma que a Companhia seja<br />
capaz de se adaptar rapidamente a condições mutáveis de mercado.<br />
A aquisição da Cartersville (com capacidade instalada de 726 mil toneladas de aço bruto por ano nos<br />
EUA) e o aumento do investimento na Açominas também são passos importantes para o futuro<br />
desenvolvimento dos negócios da Companhia.<br />
Panorama do ramo de negócios - Brasil e mundo<br />
Desde a década de 1940, o aço tem sido de vital importância para a economia brasileira. Como<br />
resultado da interrupção do fornecimento de aço durante a Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro<br />
começou a desenvolver a indústria de aço nacional através da formação da Companhia Siderúrgica Nacional<br />
(CSN), produtora de aços planos, e da Companhia Vale do Rio Doce, produtora de minério de ferro. Durante<br />
quase 50 anos de controle estatal, o setor de aços planos brasileiro foi coordenado em nível nacional sob um<br />
monopólio do aço, a Siderbrás. O Estado tinha um envolvimento muito menor no setor de longos, que<br />
tradicionalmente incluía companhias privadas menores, como a <strong>Gerdau</strong>. Como resultado da crise financeira<br />
da década de 1980, o acesso do governo brasileiro ao capital estrangeiro tornou-se muito restrito, e os<br />
investimentos no setor de aço estatal foram reduzidos. Para uma discussão geral sobre o ambiente<br />
econômico brasileiro, verificar o “Item 3.D – Fatores de Risco.”<br />
Em 1990, o governo brasileiro selecionou a indústria de aço como a primeira indústria a ser<br />
privatizada. A partir de 1991, os maiores produtores integrados de aços planos, que haviam operado como<br />
companhias semi-autônomas sob o controle da Siderbrás, foram privatizados individualmente. Hoje, a<br />
indústria do aço no Brasil é composta por 14 companhias, com uma capacidade instalada anual de<br />
aproximadamente 33 milhões de toneladas, produzindo uma grande variedade de aços planos, longos, de<br />
carbono, inoxidáveis e especiais. A indústria de aços planos é atualmente dominada pelos produtores que,<br />
antes da privatização, eram ligados à Siderbrás, tais como a CSN, enquanto a <strong>Gerdau</strong> tornou-se a líder na<br />
fabricação de aços longos.<br />
O Brasil exporta uma grande parte de sua produção de aço. Em 2001, a indústria de aço brasileira<br />
exportou 9,3 milhões de toneladas, enquanto importou apenas 1.1 milhões de toneladas. As importações de<br />
aço em 2001 representaram 6,1% do consumo aparente interno de aço (definido como vendas internas mais<br />
importações).<br />
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