IAN - Gerdau
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL<br />
CVM - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS<br />
<strong>IAN</strong> - Informações Anuais Data-Base - 31/12/2001<br />
Reapresentação Espontânea<br />
00398-0 GERDAU S.A. 33.611.500/0001-19<br />
09.02 - CARACTERÍSTICA DO SETOR DE ATUAÇÃO<br />
Panorama Geral<br />
Desde a década de 1940, o aço tem sido de vital importância para a economia brasileira. Como resultado da interrupção no<br />
fornecimento de aço durante a Segunda Guerra Mundial e, em decorrência do modelo econômico adotado pelo Governo<br />
Federal, que visava a auto-suficiência das indústrias de base, o governo brasileiro iniciou o desenvolvimento da indústria<br />
siderúrgica nacional com a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional ("CSN"). A CSN foi constituída<br />
simultaneamente à Companhia Vale do Rio Doce ("CVRD"), que foi criada para explorar as vastas reservas minerais do<br />
país. A produção brasileira de aços planos permaneceu sob o controle estatal pelo período de quase 50 anos, enquanto o<br />
segmento de aços não-planos (aços longos) foi tradicionalmente controlado por empresas do setor privado, tais como o<br />
Grupo <strong>Gerdau</strong>.<br />
Com o desenvolvimento da indústria de base no Brasil durante as décadas de 1960 e 1970, o governo criou a Siderurgia<br />
Brasileira S.A. – SIDERBRÁS, que monopolizou a indústria siderúrgica nacional durante o período. Em conseqüência da<br />
crise econômica da década de 1980, o acesso do governo brasileiro ao capital estrangeiro foi severamente restringido, o<br />
que limitou ainda mais sua capacidade de investimento no setor.<br />
No início da década de 1990, o governo instituiu o Programa Nacional de Desestatização ("PND"), sendo eleita a indústria<br />
siderúrgica a primeira das indústrias de base a ser privatizada sob tal programa. Os maiores produtores de aços planos, que<br />
haviam operado na forma de empresas semi-autônomas, sob o controle da SIDERBRÁS, foram individualmente<br />
privatizados, a começar pela Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais – Usiminas, em outubro de 1991. Este processo<br />
perdurou até o ano de 1993 e resultou na liquidação da SIDERBRÁS, bem como no leilão de outras sete empresas<br />
(Companhia Siderúrgica do Nordeste – Cosinor, Aços Finos Piratini S.A., Companhia Siderúrgica de Tubarão,<br />
Companhia Aços Especiais Itabira – Acesita, Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Siderúrgica Paulista – Cosipa<br />
e Aços Minas Gerais S.A. – Açominas), criando, assim, um grupo de companhias operando eficientemente na indústria<br />
siderúrgica no Brasil.<br />
O setor siderúrgico ocupa posição de destaque na economia brasileira, representando 2,0% do Produto Interno Bruto<br />
nacional (PIB) em 2001. Em 2000 (o ano mais recente em que os dados são disponíveis), o Brasil era o décimo maior<br />
exportador de aço do mundo, atrás de países como Japão, Rússia e Alemanha, com exportações de 9,6 milhões de<br />
toneladas, correspondentes a 3,2% do total das exportações mundiais. O Brasil, no entanto, é um país cujas importações<br />
de aço são quase insignificantes com exportações líquidas correspondentes a 8,7 milhões de toneladas.<br />
Em 2000, o Brasil apresentou um total de exportações equivalent es a 9,6 milhões de toneladas, e importações<br />
correspondentes a 0,9 milhões de toneladas, o que, por sua vez, equivale a aproximadamente 6% do consumo no País. Em<br />
2001, o consumo aparente foi de 16,7 milhões de toneladas, 6,0% superior a 2000.<br />
O Brasil em 2001, foi o nono maior produtor mundial de aço bruto. e manteve-se na primeira posição entre os países da<br />
América Latina. A menor produção em relação a 2000, deve-se às paradas programadas para reforma dos altos-fornos da<br />
Açominas, Cosipa e CSN.<br />
Até o primeiro trimestre de 2002, o Brasil manteve-se como primeiro produtor de aço bruto da America Latina,com uma<br />
produção de 7,0 milhões de toneladas, seguido do México, Argentina e Venezuela.<br />
A indústria siderúrgica ocupa posição de destaque na economia nacional, com crescimento da participação na formação da<br />
renda agregada. Em 2000 apresentou substancial aumento do faturamento e do recolhimento de impostos e saldo positivo<br />
na balança comercial mas com pequena redução dos empregos diretos e crescimento dos terceirizados. Já em 2001,<br />
últimos dados disponíveis, os números apresentaram decréscimos, devido às paradas programadas para reformas na<br />
Açominas, CSN e Cosipa e, principalmente às menores exportações causadas pelo racionamento de energia elétrica. O<br />
faturamento do setor siderúrgico neste ano foi de US$ 8,6 bilhões, sendo o mercado interno responsável por US$6,5<br />
bilhões e o externo pelo restante. O saldo da balança comercial mateve-se positivo, porém com redução de<br />
aproximadamente 19%. Os empregos próprios e terceirizados por sua vez aumentaram, chegando a 54 mil e 14,7 mil<br />
postos respectivamente.<br />
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