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IAN - Gerdau

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A. RESULTADOS OPERACIONAIS<br />

Ambiente econômico no Brasil<br />

Os resultados operacionais e as condições financeiras da <strong>Gerdau</strong> dependem das condições<br />

econômicas gerais do Brasil e, especialmente: (i) do crescimento econômico e de seu impacto sobre a<br />

demanda por aço; (ii) dos custos e disponibilidade de empréstimos e financiamentos; (iii) das taxas de câmbio<br />

entre a moeda brasileira e moedas estrangeiras.<br />

Por muitos anos, o Brasil enfrentou altas taxas de inflação, cujo efeito foi um declínio progressivo no<br />

poder aquisitivo da grande maioria da população brasileira. Durante períodos de inflação alta, o valor efetivo<br />

dos salários e das remunerações tende a cair, porque os reajustes normalmente não compensam a taxa real<br />

de inflação, em função não só dos valores do reajuste mas também da freqüência. Desde a introdução do<br />

real, em julho de 1994, a taxa de inflação no Brasil tem caído de forma dramática (ver tabela que segue).<br />

Além disso, houve crescimento econômico depois da implementação do Plano Real, com um aumento de<br />

2,9% no PIB brasileiro em 1996, 3,9% em 1997, 0,2% em 1998, 0,8% em 1999, 4,5% em 2000 e 1,5% em<br />

2001 (com base em dados preliminares).<br />

Conforme os princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP) no Brasil, e conforme a legislação<br />

societária brasileira, a UFIR (Unidade Fiscal de Referência) foi usada como índice em épocas de inflação alta<br />

para reajustes de inflação na elaboração de demonstrações financeiras por períodos até 31 de dezembro de<br />

1995. Contudo, a Lei Federal 9.249, que passou a vigorar em 26 de dezembro de 1995, aboliu, a partir de 1 o<br />

de janeiro de 1996, o sistema anterior de reformulação no nível de preços para fins de legislação societária e<br />

para fins de relatórios de empresas de capital aberto – embora a CVM permita que as companhias elaborem<br />

suas demonstrações financeiras de acordo com o método de moeda de valor constante e qualquer índice<br />

geral de preços possa ser usado para essa reformulação.<br />

A tabela a seguir mostra a inflação brasileira e a desvalorização da moeda brasileira em relação ao<br />

dólar nos períodos especificados. Para uma discussão sobre a decisão do Banco Central, de janeiro de 1999,<br />

de permitir a variação cam bial livre do real em mercados de câmbio estrangeiros e sua subseqüente<br />

desvalorização, ver “Item 10.D. Controles de Câmbio – Taxas de Câmbio.”<br />

Janeiro a Abril Ano encerrado em 31 dezembro<br />

2002 2001 2000 1999<br />

Inflação (com base no INPC) 2,71% 9,44% 5,27% 8,43%<br />

Inflação (IGP-M) 1,07% 10,37% 9,96% 20,10%<br />

Desvalorização (R$ versus US$) 1,81% 18,67% 9,30% 48,01%<br />

A desvalorização da moeda brasileira em 2001 decorreu de uma interação entre algumas variáveis<br />

chaves. Foram determinantes: i) o impacto da crise econômica do maior parceiro comercial do Brasil, a<br />

Argentina, e ii) os atentados terroristas de setembro de 2001, que fizeram com que alguns investidores<br />

internacionais fossem em busca de mercados mais seguros.<br />

O impacto da desvalorização nos negócios da <strong>Gerdau</strong> é, fundamentalmente, a possibilidade de<br />

reduzir ainda mais os ganhos devido à desaceleração da economia brasileira como resultado de um aumento<br />

nas taxas internas de juros. Entretanto, éimportante observar que a <strong>Gerdau</strong> possui quase 40% de suas<br />

operações no exterior, o que lhe garante um hedge natural. Tal fator assegura um efeito equilibratório que<br />

minimiza o impacto de toda e qualquer desvalorização do Real, no lado operacional, e da porção de<br />

endividamento em dólares da <strong>Gerdau</strong> S.A.<br />

Efeitos sobre a demanda<br />

Durante o período de inflação alta, houve uma disparidade entre os valores e a freqüência dos<br />

reajustes de preços e salários, o que resultou em uma diminuição do poder aquisitivo. Essa disparidade foi<br />

minimizada pela redução nas taxas de inflação e aumento da demanda de consumo.<br />

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