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C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2010\EDI - Unama

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10<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

As organizações modernas vivem um momento<br />

importante. Hoje, o modelo de gestão<br />

do conhecimento adquire um papel central para<br />

a construção e manutenção da competitividade<br />

tanto das empresas, como dos países. Isso, entretanto,<br />

nem sempre foi assim. No passado as<br />

vantagens mais expressivas, segundo os economistas<br />

clássicos, eram localização, acesso à<br />

mão de obra barata, disponibilidade de recursos<br />

naturais e acesso ao capital financeiro. A conjunção<br />

favorável desses fatores produtivos<br />

eram os únicos determinantes na construção da<br />

competitividade (PORTER, 1999).<br />

A Gestão do Conhecimento (informação,<br />

conhecimento e expertise), modernamente,<br />

assume lugar central nas estratégias das organizações<br />

e, portanto, deve ser compreendida<br />

inicialmente a partir de características advindas<br />

das exigências do ambiente eminentemente<br />

mutável e competitivo da atualidade, assim<br />

como também em função das necessidades individuais<br />

e coletivas construídas no âmbito interno<br />

das organizações. Essa compreensão é<br />

essencial para a manutenção da existência organizacional<br />

e constitui-se da interação com<br />

um ambiente cada vez mais turbulento, que<br />

obriga as empresas a buscar obstinadamente<br />

vantagens competitivas que possam ser sustentadas<br />

pelo maior tempo possível (HITT; IRE-<br />

LAND; HOSKISSON, 2002)<br />

Porter (1985, p.2) ao definir vantagem<br />

competitiva destaca:<br />

Vantagem competitiva surge fundamentalmente<br />

do valor que uma empresa<br />

consegue criar para seus compradores<br />

e que ultrapassa o custo de fabricação<br />

pela empresa. O valor é aquilo<br />

que os compradores estão dispostos a<br />

pagar, e o valor superior provém da oferta<br />

de preços mais baixos do que os da<br />

concorrência por benefícios equivalen-<br />

tes ou do fornecimento de benefícios<br />

singulares que mais do que compensam<br />

um preço mais alto.<br />

Nessa realidade, a expressão “reinvenção<br />

organizacional” expressa adequadamente a<br />

pressão decorrente do processo de mudança,<br />

na qual as organizações inexoravelmente têm<br />

que passar, especialmente aquelas que atuam<br />

em setores de commodities e de baixa intensidade<br />

tecnológica nas quais o conhecimento dilui-se<br />

gradual e progressivamente entre os<br />

competidores, deslocando o foco principal da<br />

competição da diferenciação para a produtividade<br />

e, portanto, baseada quase que exclusivamente<br />

em menores preços decorrentes da<br />

maior eficiência produtiva.<br />

O desafio de produzir, mais e melhor, assume<br />

progressivamente novas características<br />

que não anulam as características originais, ligadas<br />

ao acesso de fatores de produção, mas<br />

ampliam o escopo competitivo alterando-o definitivamente.<br />

A busca em desenvolver novos<br />

produtos, serviços inusitados, melhores processos<br />

e sistemas gerenciais mais velozes e adequados<br />

aos múltiplos ambientes de atuação das<br />

organizações modernas representam, em última<br />

análise, a capacidade que as organizações<br />

desenvolvem em adaptar-se para sobreviver na<br />

sociedade contemporânea.<br />

Por outro lado, a velocidade com que ocorrem<br />

as transformações na sociedade, em sentido<br />

amplo, e o grau de complexidade dessas<br />

mudanças potencializam os desafios, não permitindo<br />

mais concentrar esforços unilateralmente,<br />

como ocorria no passado. Hoje, a compreensão<br />

deve ser construída a partir de uma<br />

base holística, tanto do processo produtivo,<br />

quanto no gerencial.<br />

A partir destas considerações, o presente<br />

estudo de revisão teórica objetiva, por meio de<br />

levantamento bibliográfico, explorar sinteticamente<br />

a trajetória da mudança e seus reflexos<br />

Movendo Ideias, Belém, v. 14, n. 1, p. 7-20, jun. 2009

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