C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2010\EDI - Unama

tendo o rebanho da Região Sul caído a uma taxa
de -2,9% ao ano no período (tabela 2).
A evolução do rebanho nas regiões ocorreu
de forma diferente, quanto ao padrão de
qualidade e a organização da cadeia produtiva.
O Nordeste, mesmo concentrando a maior parte
do rebanho brasileiro, grande parte da produção
é constituída de animais sem raça definida,
desenvolvida em sistemas de pequenos
produtores, cujo controle sanitário e demais
aspectos do manejo zootécnico dos animais são
recorrentemente utilizados de forma artesanal.
Unidades produtivas que adotam a técnica da
inseminação artificial ainda são exceção, mesmo
sendo reconhecidas as vantagens na forma
de ganhos de produtividade, redução dos custos
médios, aumento do padrão de qualidade,
conhecimento tecnológico da mão de obra e dos
produtores, bem como do aumento no controle
da informação necessária à rastreabilidade
segundo o sistema de manejo de pasto, controle
sanitário, padrão das raças quanto à aptidão
da carne, leite e duplo propósito.
Na Região Norte, a expansão do rebanho
se propaga de forma aleatória, com as pequenas
unidades de produção iniciando criação sem
conhecimento das raças, dos parâmetros zootécnicos
de manejo e do mercado de carne e
pele. A cadeia produtiva está incompleta, pois
ainda não dispõe dos elos de abate e distribuição
nos padrões de qualidade que o consumidor
exige. O padrão de consumo da carne ovina
na região é dado pelos produtos importados,
que são comercializados na forma congelada.
O produto local é comercializado em açougues
sem padrão de qualidade, pois, o abate é
feito em locais onde as condições de higiene
não são conhecidas e nem fiscalizadas, uma vez
que não há frigorífico especializado para o abate
de ovinos e caprinos. Toda carne comercializa-
104
Tabela 2: Evolução e taxa de crescimento do efetivo do rebanho ovino do Pará,
regiões e do Brasil, 1996 a 2008.
Movendo Ideias, Belém, v. 14, n.1, p.99-111, jun. 2009