19.10.2014 Views

C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2010\EDI - Unama

C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2010\EDI - Unama

C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2010\EDI - Unama

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Desta forma a Lei da Anistia jamais poderá<br />

ser recepcionada pela Constituição de 1988 para<br />

que dela possa se extrair a interpretação de que,<br />

por causa da anistia, aqueles que conhecem o<br />

local onde se encontram os restos mortais dos<br />

militantes do Araguaia não podem ser obrigados<br />

a revelar o que sabem, pois o cônjuge ou qualquer<br />

parente do insepulto possui legitimidade<br />

para reivindicar o seu sepultamento, e se a eficácia<br />

deste direito depender de determinação judicial<br />

para que o Estado brasileiro, através de seus<br />

agentes, seja obrigado a prestar informações sobre<br />

a localização dos restos mortais, a Lei da Anistia<br />

não tem legitimidade para impedir a efetividade<br />

de direito fundamental.<br />

Assim como em Antígona, a lei do homem<br />

que não possui legitimidade também não<br />

pode ser aceita como válida.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ABBAGNANO, Nicolla. Dicionário de filosofia.<br />

São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 545.<br />

FRANÇA, Rubens Limongi. Enciclopédia Saraiva<br />

do direito. São Paulo: Ed. Saraiva, 1977.<br />

HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do espírito. São<br />

Paulo: Vozes, 2003.<br />

MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais.<br />

3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.<br />

148<br />

FUSTEL <strong>DE</strong> COULANGES, Numa Denis. A cidade<br />

antiga: estudos sobre o culto, o direito, as instituições<br />

da Grécia e de Roma. São Paulo: HEMUS, 1975.<br />

Movendo Ideias, Belém, v. 14, n.1, p.137-148, jun. 2009

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!