C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2010\EDI - Unama
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78<br />
custos, incluindo as extremidades. (FERREIRA,<br />
2007, p. 74).<br />
O papel da contabilidade diante deste processo<br />
é apresentar informações, por meio de<br />
relatórios, que encorajem a empresa a caminhar<br />
em direção à sustentabilidade e também inibir<br />
resultados que possam afetar negativamente o<br />
meio ambiente. Esses relatórios devem incluir:<br />
a) Análise de custo-benefício, representado<br />
o meio ambiente em termos monetários;<br />
b) Relatórios ambientais que procurem<br />
relatar as políticas ou desempenho da empresa<br />
onde despertem o interesse de seus funcionários<br />
para essas questões;<br />
c) As informações contábeis devem ser<br />
apresentadas de maneira amigável e compreensível<br />
para a tomada de decisões;<br />
d) Aspectos legais e governamentais são<br />
um importante direcionador das ações das empresas,<br />
no sentido de implementar uma política<br />
ambiental;<br />
e) Tornar o desenvolvimento sustentável<br />
o centro das atenções dos gerentes;<br />
f) Avaliar qual melhor estratégia para<br />
atender as questões ambientais na empresa.<br />
Portanto, fica evidente que a contabilidade<br />
precisa atentar-se às questões atuais, e utilizar<br />
de seu mecanismo para trazer benefícios à<br />
organização. A mensuração contábil dos investimentos,<br />
gastos e custos ambientais afeta diretamente<br />
a imagem da organização perante o<br />
mercado.<br />
2.7 CONTABILIDA<strong>DE</strong>: uma ferramenta de<br />
mensuração de projetos de créditos de<br />
carbono<br />
De acordo com o Protocolo de Kyoto com a<br />
decisão para a redução dos GEE, ocorre uma<br />
implicação contábil, por causa das consequências<br />
financeiras. Assim, direitos e obrigações<br />
deveriam constar no balanço patrimonial, pois<br />
os custos e as receitas das emissões relativas às<br />
negociações de emissões, ou dos contratos existentes<br />
de projetos de GEE, deveriam ser registrados<br />
pela contabilidade<br />
O objetivo da contabilidade é fornecer informações<br />
aos seus usuários sobre a situação<br />
financeira e econômica da entidade para a tomada<br />
de decisão. Considerando que os projetos<br />
de MDL e, consequentemente, as operações<br />
com créditos de carbono interferem com a situação<br />
econômica e financeira de uma entidade,<br />
e que a contabilidade existe para atender ao<br />
seu objetivo, logo é necessário o reconhecimento<br />
contábil dos créditos de carbono.<br />
2.7.1 Contabilização dos Créditos de Carbono<br />
Observa-se que os valores das operações<br />
com créditos de carbono são significativos e que<br />
os mesmos devem ser contabilizados. Porém,<br />
faltam instruções de como contabilizar estas<br />
operações e em qual momento de reconhecer<br />
os créditos de carbono na contabilidade das<br />
empresas que estão desenvolvendo projetos de<br />
MDL. Contudo, mesmo sem normas quanto à<br />
contabilização dos créditos de carbono, as operações<br />
entre as empresas estão ocorrendo, o<br />
que requer registros contábeis. Neste momento<br />
é que as dúvidas quanto como contabilizar e<br />
tributar as operações com créditos de carbono<br />
e qual o melhor momento para reconhecê-lo<br />
na contabilidade aparecem.<br />
Alguns estudos foram realizados e aparecem<br />
opiniões adversas sobre como enquadrar<br />
os créditos de carbono, alguns autores consideram<br />
como um ativo intangível, outros como estoques.<br />
Em outras situações, autores enquadram<br />
os créditos de carbono como derivativos<br />
e há opiniões divergentes em relação ao melhor<br />
momento para reconhecer a receita deles<br />
decorrentes. Existe ainda a possibilidade de ter<br />
relação com o ativo diferido ou o passivo.<br />
Quanto ao enquadramento no ativo, Ribeiro<br />
(2005, p. 58) esclarece que:<br />
Movendo Ideias, Belém, v. 14, n.1, p. 67-83, jun. 2009