C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2010\EDI - Unama
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rena, foram 3: Vai-Quem-Quer, Japiim e Guajaraúna,<br />
incluindo-se os líderes comunitários, presidente<br />
da Cooperativa de Projetos Agroflorestais<br />
e Industriais – COOPSAI e coordenador geral<br />
do projeto. O interesse por essas comunidades<br />
se deve ao fato de estarem situadas na região<br />
onde o Projeto Tipitamba tem maior atuação<br />
das pesquisas. Em Igarapé-Açu concentramse<br />
todas as fases do Projeto, desde a origem,<br />
desenvolvimento e estágio atual. Estão situadas<br />
na Zona Bragantina, onde se pode compreender<br />
toda a história do manejo da capoeira para<br />
o plantio com foco na agricultura familiar.<br />
Em Mãe do Rio, além da atuação do Tipitamba,<br />
nessa região está instalado o Polo Rio<br />
Capim, do Pró-Ambiente – Ministério do Meio<br />
Ambiente – MMA, que congrega outros municípios<br />
como Concórdia do Pará, São Domingos do<br />
Capim e Irituia. Os agricultores familiares já<br />
possuem certa conscientização ambiental e a<br />
prática da agricultura sem queima ocorre a partir<br />
de uma lógica de preservação do meio ambiente,<br />
realizada sem dificuldade.<br />
No município de Barcarena o interesse maior<br />
da pesquisa foi pelo fato de já existir uma parceria<br />
interinstitucional, envolvendo a Embrapa, a<br />
prefeitura municipal, Câmara de Vereadores, Sebrae<br />
e a COOPSAI, fatores esses que, aliados à organização<br />
dos agricultores, estão sendo desenvolvidos<br />
e ampliados diversos projetos de responsabilidade<br />
socioambiental. As atividades nessa região<br />
têm avançado bastante, dentre outras áreas,<br />
a coleta do lixo, educação para adultos e o artesanato<br />
produzido pelas famílias dos próprios agricultores.<br />
A parceria entre as diversas instituições<br />
possibilitou a aquisição de uma máquina trituradeira,<br />
exclusivamente para os agricultores locais.<br />
Os contatos com a liderança nas comunidades permitiram<br />
analisar comparativamente, em relação<br />
às demais comunidades estudadas (Mãe do Rio e<br />
Igarapé-Açu) onde existe apenas uma máquina da<br />
Embrapa e que procura atender a todas as comunidades<br />
do nordeste paraense, em cidades e outros<br />
estados na região, como Manaus, Acre, Roraima,<br />
Porto Velho e Macapá.<br />
3.2 COLETA <strong>DE</strong> DADOS<br />
Para a coleta dos dados necessários ao estudo,<br />
em fevereiro de 2006, foi realizada uma<br />
visita de reconhecimento de área, em Igarapé-<br />
Açu, quando foi apresentado às lideranças locais<br />
o cronograma correspondente à pesquisa.<br />
A aplicação dos questionários e a realização das<br />
entrevistas ocorreram somente no mês de abril<br />
do mesmo ano. Em maio de 2007, a pesquisa foi<br />
realizada em Mãe do Rio e, em Barcarena, ocorreu<br />
somente a partir de janeiro de 2008. O acesso<br />
aos entrevistados foi possível graças à abertura<br />
dada pela coordenação do Projeto Tipitamba,<br />
envolvendo os agentes comunitários, as lideranças<br />
das comunidades locais e, particularmente<br />
os agricultores familiares. Em todas as<br />
comunidades estudadas foram selecionadas,<br />
prioritariamente, as comunidades de produtores<br />
rurais que são cadastradas no Projeto Tipitamba<br />
, na expectativa de estarem já praticando<br />
a agricultura sem queima. Vale lembrar que<br />
não houve nenhuma solicitação por parte dos<br />
agentes comunitários e dos próprios agricultores<br />
para haver algum sigilo das informações<br />
apresentadas. Quanto aos recursos audiovisuais,<br />
foi permitido o uso de máquinas fotográficas<br />
e filmadoras pelos entrevistados.<br />
Movendo Ideias, Belém, v. 14, n.1, p.113-136, jun. 2009