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C:\ARQUIVO DE TRABALHO 2010\EDI - Unama

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Nessa conjuntura, as atuais políticas públicas<br />

não serão capazes de manter o nível médio<br />

de renda na Amazônia Legal, frente a uma<br />

abrupta e necessária redução do desmatamento.<br />

Segue-se, pois, a tendência de que as assimetrias<br />

entre as regiões brasileiras continuarão<br />

muito salientes.<br />

4.1 COP-15 E REMUNERAÇÃO <strong>DE</strong> SERVIÇOS<br />

AMBIENTAIS<br />

Uma possibilidade para mitigar os efeitos<br />

socioeconômicos da redução das atividades econômicas<br />

é a remuneração dos serviços ambientais,<br />

conforme prevê a economia ambiental<br />

neoclássica. Nesse contexto, caberia aos agentes<br />

beneficiados pela conservação da floresta<br />

receber pela conservação e pelos serviços de<br />

aprovisionamento, regulação, culturais e de<br />

suporte, demonstrados no quadro 1.<br />

Contudo, o que se percebe é que tanto a<br />

sociedade brasileira como a comunidade internacional<br />

pressionam pela conservação da<br />

Amazônia, mas não apresentam mecanismos<br />

capazes de garantir a implantação de um modelo<br />

de desenvolvimento sustentável, que<br />

garanta, na mesma proporção, as demandas<br />

econômicas, sociais e ambientais.<br />

Recentemente, entre os dias 7 e 18 de dezembro<br />

de 2009, foi realizada em Copenhague,<br />

na Dinamarca, a Conferência das Partes (COP<br />

15), uma reunião anual de representantes de<br />

países que ratificaram a Convenção das Nações<br />

Unidas Sobre Mudança Climática (UNFCCC). Participaram<br />

desta conferência mais de uma centena<br />

de chefes de Estados e governos, ministros<br />

e diplomatas, entretanto, não se obteve os<br />

resultados esperados pelos cientistas que acompanham<br />

o aumento gradual da temperatura da<br />

terra. Contudo, em meio a uma grande polêmica,<br />

um pacto mínimo foi aprovado.<br />

Alguns países, obviamente, fizeram oposição<br />

ideológica. Observou-se que Venezuela, Bolívia,<br />

Cuba, Nicarágua e Sudão são contrários a<br />

qualquer acordo com a anuência dos norte-americanos.<br />

Dos 193 países com direito a voto, só os<br />

cinco não concordaram com o acordo fechado por<br />

dezoito chefes de Estados. Em função disso, a<br />

aprovação do acordo ficou pendente.<br />

A Europa, segundo Josef Mattias Leinen,<br />

chefe da delegação do Parlamento Europeu,<br />

confiava em Barack Obama, presidente dos EUA,<br />

e acreditavam que quando este se dirigisse ao<br />

mundo fosse mais ousado. Em conversas informais<br />

entre as partes, os norte-americanos disseram<br />

que aceitariam entre 26 e 33% de redu-<br />

49<br />

Quadro:. Categoria de Serviços dos Ecossistemas<br />

Fonte: FAO, 2007. p. 4.<br />

Movendo Ideias, Belém, v. 14, n.1, p. 37-53, jun. 2009

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