23.10.2014 Views

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Filosofia ... - UFRJ

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Filosofia ... - UFRJ

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Filosofia ... - UFRJ

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

35<br />

segun<strong>do</strong> é da política macro social, pública. Enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que políticas culturais são<br />

intentos <strong>de</strong> intervención <strong>de</strong>liberada, com los médios apropria<strong>do</strong>s, em la esfera <strong>de</strong><br />

constitución pública, macrosocial e institucional <strong>de</strong> la cultura, com el fin <strong>de</strong> obtener<br />

efectos busca<strong>do</strong>s. Son, por lo general, formas <strong>de</strong> intervención que tien<strong>de</strong>n a operar<br />

sobre el nível organizacional <strong>de</strong> la cultura; preparación y carrera <strong>de</strong> los agentes,<br />

distribución y organización <strong>de</strong> los médios, renovación <strong>de</strong> los médios, formas<br />

institucionales <strong>de</strong> la producción y circulación <strong>de</strong> bienes simbólicos. 84<br />

Po<strong>de</strong>mos dividir as ações <strong>do</strong> regime em <strong>do</strong>is momentos. O primeiro <strong>de</strong> 1969 a<br />

1975. Neste perío<strong>do</strong> existiram alguns empreendimentos isola<strong>do</strong>s como a criação <strong>do</strong><br />

Conselho <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> Cultura e da Embrafilme, mas não houve diretrizes claras sobre o<br />

que significava uma política cultural. Um <strong>do</strong>s programas que mostrou com mais niti<strong>de</strong>z<br />

a falta <strong>de</strong> diretriz central para a cultura foi <strong>do</strong> PAC (Programa <strong>de</strong> Ação Cultural).<br />

Lança<strong>do</strong> em 1973, o PAC surgiu enquanto Jarbas Passarinho ainda estava à<br />

frente <strong>do</strong> Ministério da Educação e Cultura (1969-1973). Segun<strong>do</strong> Miceli, o PAC veio<br />

aten<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma abertura <strong>de</strong> crédito para as áreas <strong>de</strong>sassistidas até aquele<br />

momento, mas, fundamentalmente, foi uma “tentativa oficial <strong>de</strong> ‘<strong>de</strong>gelo’ em relação aos<br />

meios artísticos e intelectuais. Fora implanta<strong>do</strong> com vistas a minorar a carência <strong>de</strong><br />

recursos e <strong>de</strong> pessoal da área cultural <strong>do</strong> MEC.” 85<br />

Por não ter ti<strong>do</strong> a função <strong>de</strong> formular uma política oficial <strong>de</strong> cultura, o PAC foi<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> mais uma ação emergencial <strong>do</strong> que uma diretriz <strong>de</strong> política cultural para<br />

to<strong>do</strong> o país, como garante Roberto Parreira: “o PAC foi um plano <strong>de</strong> emergência, cria<strong>do</strong><br />

no interior <strong>do</strong> DAC (Departamento <strong>de</strong> Assuntos Culturais), um <strong>de</strong>partamento que não<br />

“operacionalizava por uma or<strong>de</strong>m direta”. 86<br />

Se os primeiros anos <strong>do</strong> regime foram marca<strong>do</strong>s por iniciativas isoladas no<br />

campo cultural, especialmente quanto à atuação cinematográfica, em 1975 <strong>de</strong>u-se o<br />

auge da tentativa <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> uma política cultural com a criação <strong>do</strong> PNC (Plano<br />

Nacional <strong>de</strong> Cultura). O PNC foi o ponto culminante <strong>de</strong> um processo que teve suas<br />

raízes na criação <strong>do</strong> Conselho <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> Cultura.<br />

84 BRUNNER, José Joaquim. América Latina: cultura y mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>. México: Grijalbo, 1992. p. 211.<br />

85 MICELI, Sergio. O processo <strong>de</strong> construção “institucional” na área <strong>de</strong> cultura fe<strong>de</strong>ral. In: MICELI,<br />

Sergio. Esta<strong>do</strong> e cultura no Brasil. São Paulo: Difel, 1984. p. 55.<br />

86 PARREIRA, Roberto. Esta<strong>do</strong> e cultura: fomento “versus” paternalismo. In: MICELI, Sergio. Esta<strong>do</strong> e<br />

cultura no Brasil. Op. cit. p. 235.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!