Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Filosofia ... - UFRJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Filosofia ... - UFRJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Filosofia ... - UFRJ
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
50<br />
O trapalhão na ilha <strong>do</strong> tesouro 3.375.000 1975 J.B Tanko<br />
A filha <strong>do</strong>s Trapalhões 2.476.000 1984 Dedé Santana<br />
Os Trapalhões e o mágico <strong>de</strong> Oroz 2.457.000 1984<br />
Victor Lustosa e Dedé<br />
Santana<br />
Fonte: CAETANO, Maria <strong>do</strong> Rosário. Revista <strong>de</strong> Cinema, 28 <strong>de</strong> set. 2001.<br />
Para conseguir um financiamento na Embrafilme, o produtor teria que percorrer<br />
um longo caminho. O projeto <strong>do</strong> filme era analisa<strong>do</strong> por uma comissão da empresa e<br />
<strong>de</strong>via possuir características culturais, artísticas e científicas <strong>de</strong> alto nível, posto que o<br />
financia<strong>do</strong> assinava um contrato atestan<strong>do</strong> conhecer e respeitar as normas da censura <strong>de</strong><br />
diversões públicas. 134 Embora esse contrato fosse firma<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> financiamento, a<br />
Embrafilme não fazia análise qualitativa ou i<strong>de</strong>ológica <strong>do</strong> projeto, sen<strong>do</strong> necessário<br />
apenas a entrega da sinopse <strong>do</strong> que seria produzi<strong>do</strong>.<br />
Para conseguir o financiamento público o produtor precisava já ter si<strong>do</strong><br />
responsável pela produção <strong>de</strong> ao menos mais um filme <strong>de</strong> longa-metragem sem<br />
recursos da Embrafilme e também <strong>de</strong>veria apresentar a sinopse <strong>do</strong> projeto com um<br />
planejamento orçamentário. Isso favorecia as produtoras já fixadas no merca<strong>do</strong>. No<br />
entanto, para o produtor estreante, pessoa que tivesse um currículo viável para a<br />
execução <strong>do</strong> projeto (como técnicos, pessoas com experiência artística ou acadêmica)<br />
era <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> 10% <strong>do</strong> montante total das verbas e po<strong>de</strong>ria realizar até um filme por ano<br />
com verbas da empresa. 135<br />
As condições básicas para o financiamento eram apresentadas da seguinte forma:<br />
o financia<strong>do</strong> receberia 40% no ato da assinatura <strong>do</strong> contrato, 40% após a revelação <strong>de</strong><br />
no mínimo <strong>do</strong>is mil metros <strong>do</strong> negativo <strong>do</strong> filme e os 20% restantes quan<strong>do</strong> da<br />
apresentação <strong>do</strong> copião monta<strong>do</strong>, mas nunca antes <strong>de</strong> 60 dias antes da assinatura <strong>do</strong><br />
contrato.<br />
Como já foi dito, o financiamento da Embrafilme contemplava três categorias <strong>de</strong><br />
produtores: a empresa já consolidada, o produtor in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e o produtor estreante.<br />
O financiamento era concedi<strong>do</strong> a juros <strong>de</strong> 10% ao ano com carência <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze meses e<br />
um prazo <strong>de</strong> vinte e quatro meses para o pagamento. 136 Por financiar, a Embrafilme<br />
tinha a opção para negociar o filme no exterior. Vale notar que to<strong>do</strong>s os contratos <strong>de</strong><br />
134 AMANCIO: Tunico. Artes e manhãs da Embrafilme: cinema estatal brasileiro em sua época <strong>de</strong> ouro<br />
(1977- 1981). Niterói: Editora da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> Fluminense, 2000. p.26.<br />
135 I<strong>de</strong>m.<br />
136 AMANCIO: Tunico. Artes e manhãs da Embrafilme: cinema estatal brasileiro em sua época <strong>de</strong> ouro<br />
(1977- 1981). Niterói: Editora da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> Fluminense, 2000. p.24.