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Capa e Índice - Fundação Cultural Palmares

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Veículo: Portal Alagoas em Tempo RealTítulo: Semana da Consciência Negra: colecionadores de históriasData: 13 de novembroCLIPPINGO Estado de Alagoas tem 65 comunidades remanescentes de quilombos. Destas, 50 já estãocertificadas pela <strong>Fundação</strong> <strong>Cultural</strong> <strong>Palmares</strong> e outras 15 foram mapeadas pelo Instituto deTerras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) e estão em processo de estudo para acertificação. O documento assegura aos integrantes das comunidades quilombolas os direitosconstitucionais de propriedade sobre a terra em que vivem e o acesso a políticas públicasespecíficas.A menos de 10 km do município alagoano de União dos <strong>Palmares</strong>, 135 famílias deremanescentes de quilombo convivem em harmonia, sobrevivendo do corte da cana­de­açúcare do artesanato feito com barro.São 540 pessoas que mostram força, coragem e muita disposição para crescer e melhorar devida. Assim vive a comunidade de Muquém, que foi protagonista de uma das histórias maisemocionantes na luta pela sobrevivência durante a enchente ocorrida no último mês de junho,quando várias cidades alagoanas foram atingidas.Da tragédia, restaram as histórias. E elas são muitas. Estão na ponta da língua de todos osmoradores da comunidade quilombola. Era fim de tarde, quando a água vinda do rio começoua subir e a invadir Muquém. Nem todos conseguiram deixar suas casas e procurar um lugarseguro a tempo e a alternativa encontrada pelos moradores foi subir nos galhos de umajaqueira. Cinquenta e duas pessoas – entre crianças, jovens, adultos e idosos – ficaram cercade dez horas em cima dos galhos da árvore, passando frio, fome e sede.Dona Albertina conseguiu sair de casa quando a água ainda não havia subido, mas antes depensar em salvar a própria vida, ela pensou como uma verdadeira líder e levou consigo, paraum lugar seguro, o documento concedido pela <strong>Fundação</strong> <strong>Palmares</strong>, que reconhece o Muquémcomo uma comunidade remanescente de quilombo. “Foi a única coisa que eu salvei. Perdi tudoo que eu tinha dentro da minha casa, que está condenada pela Defesa Civil”, afirma.Segundo Albertina, o reconhecimento da comunidade pela <strong>Fundação</strong> <strong>Palmares</strong> trouxe muitascoisas boas para Muquém, como um maior reconhecimento do artesanato e a distribuição dealimentos, que passaram a ser entregues mensalmente pela Conab. “Esse reconhecimentotrouxe oportunidade para todos nós”, ressalta.A enchente também deixou um saldo de 50 casas completamente destruídas e dezenas delascondenadas pela Defesa Civil. Hoje, parte da comunidade do Muquém está morando deimproviso nos acampamentos montados pelo governo do Estado, por meio do Programa daSites e Portais __________________________________________________________ 122

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