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Capa e Índice - Fundação Cultural Palmares

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Perdoar e compreender para avançarCLIPPINGApós este início tocante, foi a vez do Secretário do Audiovisual, Newton Canitto, tomar apalavra – Newton tem reconhecido trabalho de roteirista em Bróder, Cidade dos Homens eQuanto vale ou é por quilo?. O Secretário pregou um discurso de compreensão e tolerância,inclusive aos racistas: “Para superarmos estas questões, acho que chegou a hora decompreendermos e perdoarmos estes erros e sermos superiores a isso”. Em seguida comentouo processo de criação do protagonista de Bróder!, longa­metragem cujo roteiro escreveujuntamente com o diretor Jefferson De. Canitto conta que foi somente após a finalização doroteiro que Jefferson De teve a grande sacada do filme: escolher um ator branco paraprotagonizar o filme – no roteiro o personagem era negro e nenhuma linha sequer foi alteradapara adaptá­lo a Caio Blat, que o interpretou.Jefferson De, diretor do premiado Bróder! – o filme levou os kikitos do Festival de Gramado demelhor filme, diretor e ator (Caio Blat) ­ falou do preconceito sofrido por ser negro. “As pessoastem pânico da figura negra, do sexo masculino, entre 15 e 25 anos. É o famoso “pode atirar!”.Ironicamente, contou da sua experiência de ser negro e frequentar bairros de classe alta emSão Paulo. Falou da presença de grupos neo­nazistas nestes bairros e disse que isso o leva ater medo do espaço público ­ ele que, no espaço público, é identificado preconceituosamentecomo o perigo à solta. Enfatizou o papel da educação para reverter este quadro.Juliana Nunes ressaltou a importância do trabalho da Comissão de Jornalistas pela IgualdadeRacial – COJIRA, presente em diversos estados do Brasil. Lamentou ainda o quadro atual damídia brasileira: “Jornalistas negros não querem falar apenas de pautas sociais, mas ainda énecessário”, disse a jornalista negra que coordena a Radioagência Nacional da EBC.Mais emoçãoO ator João Acaiabe emocionou pela segunda vez no dia o público e debatedores. Iniciou suafala entoando um canto em dialeto africano e ficou nitidamente emocionado ao seracompanhado por pessoas da platéia. Falou da importância da aplicação da Lei, que tornaobrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro­Brasileira no ensino médio e fundamental, emescolas públicas e privadas. Falou do seu trabalho de contador de histórias para crianças dedois a seis anos, reforçando a necessidade de cultivar no imaginário infantil personagensnegras e situações que as façam refletir desde cedo. “Quem não se vê, não se reconhece,quem não se reconhece, não se identifica”, concluiu o ator.Estética do Branqueamento x Estética da DiversidadeSites e Portais __________________________________________________________ 85

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