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Capa e Índice - Fundação Cultural Palmares

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simbólico potente da reciprocidade entre culturas. Um entendimento dinâmico maisestritamente diplomático, o saber ouvir os vários sons que porventura venham do outro lado,como uma das funções essenciais para a ação do Instituto.[4]CLIPPINGNovo paradigmaO ponto de partida para a construção de um plano de trabalho da nova diretoria, que assumiuem 2003 um IBRIT com 50.000 euros de dívidas, foi o histórico discurso de posse de GilbertoGil como ministro. Ali se fixava o conceito das ações ministeriais entendidas como exercíciosde Antropologia aplicada:“Cultura como tudo aquilo que, no uso de qualquer coisa, se manifesta para além do mero valorde uso. Cultura como aquilo que, em cada objeto que produzimos, transcende o meramentetécnico. Cultura como usina de símbolos de um povo. Cultura como conjunto de signos de cadacomunidade e de toda a nação. Cultura como o sentido de nossos atos, a soma de nossosgestos, o senso de nossos jeitos”.[5]Nesta perspectiva, o trabalho do IBRIT ampliava­se. Transcendia o aspecto de difusão doidioma, do seu patrimônio, da exposição de obras e se propunha a incorporar para si o papelde criar condições ao acesso dos bens simbólicos, de proporcionar condições para que aprodução de bens culturais da comunidade brasileira local encontrasse um espaço condizentepara a sua expansão.O primeiro cartazTenho diante de mim, o cartaz que anunciava para o mês de junho de 2003 a primeiraprogramação organizada pela nova diretoria. Trazia uma foto sorridente de Chico Buarque,personagem do mês, no espetáculo “Paratodos”. Apresentava uma mostra com alguns objetosde seguidores do Mestre Vitalino, propriedade do Instituto; um encontro com mestre popular deSão Luís, Alberto Euzamor, de passagem por Milão; uma atividade para crianças baseadas nomusical “Saltimbancos”; uma palestra sobre a poesia de Camões proferida pela representantedo escritório diplomático de Cabo Verde na cidade; um concerto de dois válidos músicosbrasileiros locais com o repertório de Chico Buarque; a projeção do DVD “As cidades”, com oscomentários com a principal jornalista radiofônica brasileira da Itália; um encontro aberto sobreGuimarães Rosa realizado de uma professora com os alunos do Instituto; e encerrava com aprojeção do filme “Bye, Bye Brasil”, de Cacá Diegues. Trazia também a cerimônia deapresentação da nova diretoria.Olho o cartaz com emoção. Nele enxergo, além do elegante toque gráfico de Eliane Piccardi, aartista brasileira que até hoje cuida da imagem do Instituto, as linhas que nortearam nosúltimos sete anos a atividade do IBRIT: a participação intensa dos agentes culturais brasileirosBlogs ___________________________________________________________________ 312

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