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Julho/Agosto - Procuradoria Geral do Estado de São Paulo

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Caso as partes entendam que tal valorseja superior/inferior ao vigente na data dacolheita <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> erradicação, <strong>de</strong>verão dirigirseu inconformismo à instância superior, nãoinvocan<strong>do</strong>, aqui, omissão <strong>do</strong> julga<strong>do</strong>r a quo.Por outro la<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que, no processocivil, o juiz não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir além <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>inicial, por força <strong>do</strong> disposto nos artigos128, 258, 259 282, V, 286 e, sobretu<strong>do</strong>, 293, ojuiz <strong>de</strong>ve se limitar ao pedi<strong>do</strong>, no caso presenteà con<strong>de</strong>nação em R$ 10.000,00 (<strong>de</strong>z mil reais),correspon<strong>de</strong>nte ao valor da causa, a qual <strong>de</strong>verefletir o quantum da con<strong>de</strong>nação. O requeri<strong>do</strong>,no caso presente, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>-se <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>, nãoda causa <strong>de</strong> pedir. Embora a in<strong>de</strong>nização pordano moral pu<strong>de</strong>sse ter caráter genérico, o danomaterial era mensurável: se a parte experimentouprejuízo certo, quantificável, mas se limitaa pedir menos, não po<strong>de</strong> o juiz con<strong>de</strong>nar o requeri<strong>do</strong>em mais. O valor da causa, nas açõesin<strong>de</strong>nizatórias, <strong>de</strong>ve refletir o quantum in<strong>de</strong>nizável,não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o juiz con<strong>de</strong>nar a parte emquantia superior. Fica a con<strong>de</strong>nação, portanto,limitada ao valor da<strong>do</strong> à causa na inicial, qualseja, R$ 10.000,00 (<strong>de</strong>z mil reais), corrigi<strong>do</strong>monetariamente a partir <strong>do</strong> ajuizamento da ação,além <strong>de</strong> juros moratórios <strong>de</strong> 12% (<strong>do</strong>ze por cento)ao ano, conta<strong>do</strong>s a partir da con<strong>de</strong>nação.Por fim, verifico que a participação da Fazenda<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong> ocorreu por acolhimento<strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> da União, que ao final se mostrou<strong>de</strong>sproposita<strong>do</strong>, haja vista não ter si<strong>do</strong> imputa<strong>do</strong>a ela, Fazenda Estadual, qualquer atopassível <strong>de</strong> in<strong>de</strong>nização, mas tão-somente estritocumprimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver <strong>de</strong>lega<strong>do</strong> pela União. Assim,enquanto que a responsabilida<strong>de</strong> da União<strong>de</strong>corre da 1ª parte <strong>do</strong> parágrafo 6º <strong>do</strong> artigo 37da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, a responsabilida<strong>de</strong> daFazenda <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, agin<strong>do</strong> por<strong>de</strong>legação, estaria <strong>de</strong>scrita na última parte <strong>do</strong>mesmo dispositivo constitucional. Assim, <strong>de</strong>vea União respon<strong>de</strong>r pela sucumbência advindada improcedência <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> inicial em relaçãoà Fazenda <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, por nãocomprova<strong>do</strong> qualquer <strong>do</strong>lo ou culpa <strong>do</strong>s agentes<strong>de</strong>lega<strong>do</strong>s. Por outro la<strong>do</strong>, ante a sucumbênciamínima <strong>do</strong> autor, em <strong>de</strong>corrência da limitação<strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> inicial, <strong>de</strong>verá a União arcar tambémcom os ônus da sucumbência em relação a esse.DispositivoPosto isso, julgo extinto o presente feito,com julgamento <strong>de</strong> mérito, nos termos <strong>do</strong> artigo269, inciso 1 <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Processo Civil, naforma da fundamentação acima, <strong>de</strong>claran<strong>do</strong> aimprocedência <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> inicial com relação àFazenda <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, e parcialmenteproce<strong>de</strong>nte com relação à União, con<strong>de</strong>nan<strong>do</strong>aa in<strong>de</strong>nizar o autor em R$ 10.000,00 (<strong>de</strong>zmil) reais, corrigi<strong>do</strong>s monetariamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oajuizamento da ação, além <strong>de</strong> juros moratórios<strong>de</strong> 12% (<strong>do</strong>ze por cento) ao ano, conta<strong>do</strong>s apartir da con<strong>de</strong>nação, observan<strong>do</strong>-se a fundamentaçãoda sentença.Custas ex lege.Na forma da fundamentação exposta nasentença, con<strong>de</strong>no a União ao pagamento <strong>de</strong> honoráriosadvocatícios que fixo em R$ 1.250,00(um mil, duzentos e cinqüenta reais), <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s àparte autora, e R$ 1.000,00 (um mil reais),<strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s à Fazenda <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, <strong>de</strong>vidamentecorrigi<strong>do</strong>s monetariamente, a teor <strong>do</strong>disposto no artigo 20, parágrafo 4º <strong>do</strong> Código<strong>de</strong> Processo Civil, até a efetiva quitação.Aplique-se, no que couber e não contrariara presente <strong>de</strong>cisão, o disposto no Provimenton. 26/2001, da CGJF da 3ª Região, incidin<strong>do</strong>os seguintes expurgos: 42,72% (jan. <strong>de</strong> 1989)e 84,32% (mar. <strong>de</strong> 1990).Sentença não sujeita ao duplo grau <strong>de</strong> jurisdição,por força <strong>do</strong> disposto no artigo 475,parágrafo 2º <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Processo Civil.Decorri<strong>do</strong> in albis o prazo recursal, observadasas formalida<strong>de</strong>s legais <strong>de</strong> praxe e efetivadasas providências cabíveis, arquive-se este feito.P.R.I.C.Tupã, 18 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2003WILSON PEREIRA JUNIORJuiz Fe<strong>de</strong>ral Substituto○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○506 B. Cent. Estud., <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, 28(4):479-506, jul./ago. 2004

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