Segundo os mesmos autores este sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> preparo é um atentado àconservação do solo. Por <strong>de</strong>mandar alto consumo <strong>de</strong> energia e revolver ohorizonte A, se torna um inconveniente do ponto <strong>de</strong> vista da sustentabilida<strong>de</strong>econômica e ambiental.O plantio é mecanizado, feito com plantadora. Parte das batatas-s<strong>em</strong>enteutilizadas é comprada e parte é produzida pelos próprios produtores.Normalmente 10% da área plantada são <strong>de</strong>stinadas para a produção<strong>de</strong> batata-s<strong>em</strong>ente, e o restante à produção <strong>de</strong> batata para o consumo (innatura ou indústria).Os produtores entrevistados não faz<strong>em</strong> irrigação, a cultura nesta regiãoé totalmente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da chuva. A única vez que a planta recebepulverização é na aplicação dos agrotóxicos, o que será abordado maisadiante. Segundo LOPES e BUSO (1999) a batata é uma das hortaliças qu<strong>em</strong>ais necessita <strong>de</strong> água, para produzir 4 a 7 kg são necessários 1.000 litros<strong>de</strong> água e o ciclo da batata para consumo varia entre 90 e 110 dias conformea varieda<strong>de</strong>.Após a colheita é feito beneficiamento da batata. Dois produtores possu<strong>em</strong>lavadouras próprias e os outros ven<strong>de</strong>m para lavadoras no município<strong>de</strong> São Francisco <strong>de</strong> Paula. As lavadoras citadas foram Dabu’s e Belebas. A seguirserá <strong>de</strong>scrito o processo <strong>de</strong> beneficiamento. No final da safra é plantadopasto (azevém, aveia e/ou trigo), <strong>de</strong>ixando a terra <strong>em</strong> pousio entre quatroe cinco meses para o uso do arrendador como área <strong>de</strong> pastoreio do gado.O processo <strong>de</strong> beneficiamento segue o mesmo padrão nas lavadoras.A batata é transportada por caminhão até a lavadora armazenada <strong>em</strong> “big--bag” (sacos <strong>de</strong> 500kg). Então a batata é <strong>de</strong>positada <strong>em</strong> um tanque on<strong>de</strong>recebe uma pré-lavag<strong>em</strong>. No fundo <strong>de</strong>ste tanque passa um duto que levaa batata até a máquina lava<strong>de</strong>ira por elevação.Na máquina ficam duas pessoas fazendo a lavag<strong>em</strong> da batata. Após alavag<strong>em</strong> manual, a batata entra na esteira para o enxágüe, pré-secag<strong>em</strong> esecag<strong>em</strong>. Após a secag<strong>em</strong> a batata é classificada e por fim ensacada e estápronta para ser distribuída.Ambas as lavadoras ven<strong>de</strong>m a atacados e CEASA. A lavadora Dabu’sdistribui batas apenas no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, enquanto a lavadora Belebasdistribui 70% no Estado e 20% vai para Santa Catarina, além <strong>de</strong> 10% paraSão Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro.As duas lavadoras possu<strong>em</strong> licença <strong>de</strong> operação (LO) da FEPAM para aativida<strong>de</strong> e respectiva outorga do DRH para o uso da água. A máquina consome10.000l/h <strong>de</strong> água. No processo <strong>de</strong> lavag<strong>em</strong> é utilizada apenas água.Esta é <strong>de</strong>cantada <strong>em</strong> tanques após volta ao local <strong>de</strong> captação.53
4.2 O uso <strong>de</strong> agrotóxicosNo cultivo convencional a utilização <strong>de</strong> agrotóxicos é algo comum epara cada cultura é seguido um roteiro <strong>de</strong> aplicação. Este roteiro serve paracombater as principais ervas in<strong>de</strong>sejadas, doenças e pragas que ocorr<strong>em</strong>na região <strong>de</strong> cultivo.Dentre os quinze agrotóxicos que foram citados durante as entrevistas,oito (53,33%) são fungicidas utilizados para o controle das duas principaisdoenças da cultura da batata causadas por fungos, a pinta-preta (Alternariasolani) e a requeima (Phytophthora infestans). Os inseticidas representam33,33%, seguido dos herbicidas (13,33%).A pinta-preta ocorre com umida<strong>de</strong> a 90% no calor, já a requeima ocorrecom umida<strong>de</strong> a 90% no frio, ambas são doenças que ating<strong>em</strong> a parteaérea da planta (LOPES e BUSO, 1999).O uso <strong>de</strong> fungicidas repercute na inibição <strong>de</strong> certos microrganismosdo solo. Essa modificação na microflora faz com que certos fungos parasitas,antes s<strong>em</strong> importância, se <strong>de</strong>senvolvam. É o caso da Alternaria spp.,conforme o relatório do grupo internacional <strong>de</strong> controle integrado <strong>em</strong> pomares(CHABOUSSOU, 2006).Quatro inseticidas, <strong>de</strong> cinco, são “Classe I” na classificação ambiental.Estes quatro pertenc<strong>em</strong> ao grupo químico piretói<strong>de</strong>. Os piretrói<strong>de</strong>s apresentambaixa toxicida<strong>de</strong> aguda aos mamíferos, não são persistentes e nãoocorre a biomagnificação, ainda que possam contaminar o solo, a água e oar (SANTOS, 2007).Durante as entrevistas alguns produtores afirmaram que a maioria dosagrotóxicos é aplicada na parte aérea das plantas, não tendo contato diretocom o tubérculo, e a maioria t<strong>em</strong> ação por contato. Ao contrário do que sesupõe, CHABOUSSOU (2006) diz que a aplicação foliar po<strong>de</strong> contaminar osolo por escorrimento e <strong>de</strong> forma mais grave que agrotóxicos específicospara o solo.A aplicação <strong>de</strong> agrotóxicos é feita por tratoristas que possu<strong>em</strong> cursopara manuseio dos mesmos. O trator utilizado é do tipo com cabine e equipadocom barras <strong>de</strong> pulverização.Todos disseram seguir as recomendações indicadas na bula dos produtos.O intervalo <strong>de</strong> aplicação dos agrotóxicos <strong>em</strong> média é <strong>de</strong> sete diasconforme i<strong>de</strong>ntificado na bula <strong>de</strong> cada produto, assim como o intervalo <strong>de</strong>segurança (t<strong>em</strong>po entre a última aplicação e a colheita). Após a <strong>em</strong>ergênciada planta, uma vez por s<strong>em</strong>ana ocorre a aplicação.Segundo a bula, após a aplicação é recomendado que pessoas s<strong>em</strong> EPIe animais domésticos não circul<strong>em</strong> na área cultivada pelo período mínimo<strong>de</strong> sete dias. Logo, <strong>de</strong>ve-se estar s<strong>em</strong>pre utilizando EPI após a <strong>em</strong>ergência54
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