naturais seja t<strong>em</strong>a <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância, tanto quando se tenta isolar umaárea da “influência” dos seres humanos, tanto quando se preten<strong>de</strong> protegê-lacom a presença e a colaboração das pessoas. A legislação fe<strong>de</strong>ral cria áreascom esta finalida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> nosso país, chamadas <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação(UC) (Lei Fe<strong>de</strong>ral 9.985/00, Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação).O Parque Estadual do Tainhas, criado pelo DecretoEstadual nº 23.798 <strong>de</strong> 1975, é uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservaçãopertencente ao grupo <strong>de</strong> Proteção Integrale seu plano <strong>de</strong> manejo traz como justificativa parasua implantação:“Manter uma amostra representativa da paisag<strong>em</strong>típica dos campos <strong>de</strong> cima da serra, com sua faunaterrestre e aquática associada” (RIO GRANDE DOSUL, 2008).Além disso, o mesmo documento prevê a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> manutenção da qualida<strong>de</strong> das águas do rioTainhas. Outro objetivo proposto é o <strong>de</strong> que o parque:“Em conjunto com outros atrativos naturais <strong>de</strong>alto valor paisagístico da região, contribua para ofomento e a sustentação do turismo e da educaçãoambiental nos municípios on<strong>de</strong> se insere” (RIOGRANDE DO SUL, 2008).No entanto, apesar <strong>de</strong>ssas consi<strong>de</strong>rações, pessoas resi<strong>de</strong>m no interiordo Parque. Dentre as ativida<strong>de</strong>s econômicas mantidas na UC, para o sustentoda população resi<strong>de</strong>nte, a mais preocupante é a silvicultura, que sedá através do plantio <strong>em</strong> extensas áreas <strong>de</strong> Pinus elliotii Engelm, Pinus patulaSchelcht et Cham e Pinus taeda L., além dos seus híbridos.A silvicultura ocorre no interior da UC porque a regularização fundiáriado Parque, durante esses 36 anos <strong>de</strong> criação, ainda não foi efetivada. Suaimplantação começou a acontecer apenas <strong>em</strong> 2002, após a criação do ProjetoConservação da Mata Atlântica no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (PCMARS). Esteprojeto foi fruto <strong>de</strong> um convênio entre o Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e oBanco Al<strong>em</strong>ão <strong>de</strong> Desenvolvimento (KFW, ou Entwicklunsbank). Na práticaforam investidos 10 milhões <strong>de</strong> euros pelo KFW a fundo perdido, visandoà proteção dos r<strong>em</strong>anescentes do bioma Mata Atlântica no Rio Gran<strong>de</strong> doSul. Somente <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005 o Parque Estadual do Tainhas teve asua primeira gestora nomeada, e somente <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008, comouma das contrapartidas do Estado no PCMARS, e com recursos oriundos <strong>de</strong>97
medida compensatória, houve a primeira in<strong>de</strong>nização <strong>de</strong> proprietários nointerior da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação.Consi<strong>de</strong>rando a questão da análise da paisag<strong>em</strong>, há ferramentas computacionaispara o geoprocessamento, chamadas Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> InformaçãoGeográfica (SIG), que são muito importantes na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões sobreprobl<strong>em</strong>as urbanos, rurais e ambientais, através <strong>de</strong> seu potencial <strong>de</strong> sanar acarência <strong>de</strong> informações a<strong>de</strong>quadas existente nestes t<strong>em</strong>as no Brasil, comtecnologias <strong>de</strong> custos relativamente baixos e <strong>de</strong> forma que o conhecimentoseja adquirido localmente (CÂMARA & DAVIS, 2002).Assim, a análise <strong>de</strong> como o uso e a cobertura do solo <strong>de</strong> uma área<strong>de</strong>stinada a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação mas nunca in<strong>de</strong>nizada se transformouao longo do t<strong>em</strong>po, po<strong>de</strong> ser utilizada para o planejamento da restauraçãoambiental <strong>de</strong>ssa área, b<strong>em</strong> como para prevenir novos impactos similares.2. ObjetivosEste estudo teve por objetivo analisar a dinâmica espaço-t<strong>em</strong>poral douso e cobertura do solo, com ênfase na expansão das áreas <strong>de</strong> Pinus spp.,na região <strong>de</strong>stinada ao Parque Estadual do Tainhas, entre 1984 e 2009.3. Material e métodos3.1. Área <strong>de</strong> estudoEste estudo foi produto <strong>de</strong> estágio realizado entre outubro <strong>de</strong> 2008 ejulho <strong>de</strong> 2009 no Laboratório <strong>de</strong> Gestão <strong>Ambiental</strong> e Negociação <strong>de</strong> <strong>Conflitos</strong>(GANECO), previsto pelo plano <strong>de</strong> manejo da Área <strong>de</strong> Proteção <strong>Ambiental</strong>Rota do Sol (RIO GRANDE DO SUL, 2009) e criado através <strong>de</strong> parceriaentre a Secretaria do Meio Ambiente do Estado (SEMA) e a Universida<strong>de</strong>Estadual do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (UERGS).A área <strong>de</strong> estudo está inserida nos municípios <strong>de</strong> Jaquirana, SãoFrancisco <strong>de</strong> Paula, e Cambará do Sul, região nor<strong>de</strong>ste do estado do Riogran<strong>de</strong> do Sul, e fica entre as coor<strong>de</strong>nadas UTM 557400Em, 6773400Nme 564000Em, 6793300Nm na zona 22 J (retângulo envolvente: -28º 50’ 12”,-50º 20’ 34” e -29º 9’ 59’’, -50º 24’ 35”).O Parque Estadual do Tainhas possui uma área <strong>de</strong> aproximadamente6.654 hectares (ha). Quanto ao seu clima, este é Cfb, segundo a classificação<strong>de</strong> Köppen, com t<strong>em</strong>peratura média anual entre 14 Cº e 16 Cº. O Parquese localiza inteiramente no bioma Mata Atlântica. Os tipos vegetacionais98
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