Proprieda<strong>de</strong>Tabela 14: Ovinocultura e silvicultura nas proprieda<strong>de</strong>s pesquisadasrebanho(cabeças)OvinoProduçãocorte cria Eucaliptus sp.(ha)Plantio1 2 2 0 1 02 36 9 14 1 03 0 0 0 1 104 0 0 0 1 3média 9,5 2,75 3,5 1 3DP 17,69 4,27 7 0 4,76Pinus taeda(ha)A fazenda 2 <strong>de</strong>staca-se na ovinocultura, provavelmente por ser a menorda amostra.Há uma curiosida<strong>de</strong> <strong>em</strong> relação à criação <strong>de</strong> ovino na região: segundoos outros fazen<strong>de</strong>iros pesquisados, não dá para criar ovelhas por que o leãobaio (Puma concolor) ataca os rebanhos. A silvicultura t<strong>em</strong> se mostrado bastanteinexpressiva entre os entrevistados. A razão disto po<strong>de</strong> estar no viéstécnico com que os entrevistados t<strong>em</strong> praticado a pecuária, o que sugereque a silvicultura seja uma ativida<strong>de</strong> econômica <strong>de</strong> segunda linha, paraquando a pecuária se torna inviável economicamente.Finalmente, os dados da Tabela 15 resum<strong>em</strong> os custos e benefícios doplantio <strong>de</strong> pastagens.Proprieda<strong>de</strong>Tabela 15: Renda por hectare nas proprieda<strong>de</strong>s que utilizam a pecuária s<strong>em</strong> fogocusto <strong>de</strong> implantaçãodo plantio direto R$Rendimentocusto <strong>de</strong> manutenção doplantio direto (R$/ha/mes)renda bruta(R$/ha/mes)renda líquida(R$/ha/mes)1 1.100,00 270,00 450,00 180.002 1.200,00 250,00 470,00 220.003 1.200,00 255,80 519,09 263.294 1.200,00 250,00 - * -Media 1.175,00 256,66 460,00 200,00DP 50 11,54 14,14 28,28* valores não fornecidos pelo informante71
É possível notar, através dos dados da Tabela 15, que a recuperaçãodo investimento <strong>em</strong> melhoria <strong>de</strong> pastag<strong>em</strong> na fazenda 1 levou <strong>em</strong> média7 meses, restando-lhe ainda 5 meses <strong>de</strong> lucro no primeiro ano <strong>de</strong> plantio<strong>de</strong> gramíneas <strong>de</strong> inverno. Entretanto não foi encontrada correlação entreo rendimento bruto e o custo <strong>de</strong> implantação das pastagens <strong>de</strong> inverno(GL =1; coeficiente <strong>de</strong> correlação = 0,53; p= 0,4).Consi<strong>de</strong>rando que no período <strong>de</strong> entre safra há carência <strong>de</strong> leite equeijo, <strong>de</strong>vido às pastagens secas, o lucro ten<strong>de</strong> a ser crescente para osprodutores que tiver<strong>em</strong> pastagens plantadas. Já o manejo tradicional não écapaz <strong>de</strong> evitar a perda <strong>de</strong> peso no gado no inverno, e conseqüent<strong>em</strong>enteo prejuízo ao pecuarista. Desta forma, o manejo s<strong>em</strong> fogo po<strong>de</strong> tornar apecuária serrana competitiva, mesmo no período <strong>de</strong> inverno (MESSIAS &REIS, 2002).5. Consi<strong>de</strong>rações finaisPu<strong>de</strong>mos observar que alguns pecuaristas sab<strong>em</strong> utilizar as técnicas alternativas<strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> campo, mas não o faz<strong>em</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma perspectiva<strong>de</strong> aumento da sustentabilida<strong>de</strong> global da proprieda<strong>de</strong>. Eles as utilizamnas áreas não mecanizávies, aliadas à queima <strong>de</strong> campo, visando aumentaro rendimento da pecuária. Este comportamento precisa ser eliminado através<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s educativas, <strong>de</strong> extensão rural e <strong>de</strong> fiscalização.A regulamentação do uso do fogo nas áreas não mecanizáveis carece<strong>de</strong> amparo legal e <strong>de</strong>ve ser amplamente discutida com a socieda<strong>de</strong>. Sendoassim, sugerimos que as áreas não mecanizáveis sejam averbadas comoreserva legal, visando cont<strong>em</strong>plar os 20% da proprieda<strong>de</strong> exigidos pela LeiFe<strong>de</strong>ral 4.771/1965, Art. 2o. Em havendo áreas não mecanizáveis exce<strong>de</strong>ntes,recomendamos a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a agroflorestal (consórcio)<strong>de</strong> bracatinga (Mimosa scabrela) com pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia).Esse manejo está sendo experimentado com sucesso na localida<strong>de</strong><strong>de</strong> Cerrito, <strong>em</strong> São Francisco <strong>de</strong> Paula, e po<strong>de</strong>rá fornecer lenha, mel, pinhãoe ma<strong>de</strong>ira, aumentando a área produtiva da proprieda<strong>de</strong>.São necessárias mais pesquisas sobre a pecuária s<strong>em</strong> uso do fogo nosCampos <strong>de</strong> Cima da Serra, visando cont<strong>em</strong>plar mais proprieda<strong>de</strong>s, numaárea geográfica maior e comparar diferentes invernos ao longo dos anos.Por fim concluímos que a resistência ao <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> manejo<strong>de</strong> campo s<strong>em</strong> fogo se <strong>de</strong>ve ao <strong>de</strong>sconhecimento das suas vantagens,o que <strong>de</strong>ve ser resolvido com a divulgação através dos órgãos <strong>de</strong> extensãorural. As barreiras culturais que ainda exist<strong>em</strong> à pecuária s<strong>em</strong> fogo necessitamser mais b<strong>em</strong> compreendidas.72
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