13.07.2015 Views

NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

CONTROVÉRSIA <strong>DE</strong> CAMBRIDGE 130CONTROVÉRSIA <strong>DE</strong> CAMBRIDGE. Debatetravado entre a Escola de Cambridge (Universidadede Cambridge, Inglaterra) e a Escola Neoclássica,do Massachusetts Institute of Tecnology(MIT), Cambridge, Massachusetts (Estados Unidos)sobre a validade da abordagem neoclássicaem economia. Esse debate envolveu os economistasmais destacados do MIT, como P. Samuelsone R. Solow, e da Escola de Cambridge,como J. Robinson, P. Sraffa e N. Kaldor. O pontocentral da controvérsia girava em torno do conceitode capital e do papel por ele desempenhadonuma função de produção agregada. De acordocom a Escola de Cambridge, a possibilidadeda reciclagem de técnicas seria suficiente para invalidarmuitos dos supostos da Escola Neoclássicae especialmente sua teoria do crescimentoeconômico. A Escola Neoclássica, embora admitindoque a possibilidade de reciclagem enfraqueciasuas concepções sobre o capital, não concordavaque por essa razão a teoria deveria serabandonada. Tal debate ainda prossegue, emboracom menor ímpeto, uma vez que os defensoresda Escola de Cambridge consideramque suas críticas foram comprovadas. Veja tambémEscola de Cambridge; Escola Neoclássica;Reciclagem; Teoria Neoclássica do CrescimentoEconômico.CONTROVÉRSIA DO CAPITAL. Veja Controvérsiade Cambridge.CONTROVÉRSIA DO MÉTODO (Methodenstreit).Polêmica desenvolvida entre CarlMenger e Gustav Schmoller no final do séculoXIX, considerada um dos principais debates metodológicosna história da ciência econômica.Teve início com a publicação do livro de Mengersobre o método (1883), que recebeu de Schmolleruma resenha crítica muito desfavorável, a qualfoi respondida com a mesma veemência porMenger no ano seguinte (1884), no The Errors ofHistoricism (Os Erros do Historicismo). Na verdade,as críticas de parte a parte estavam enraizadasem discordância mais profunda, e nãoapenas em questões metodológicas. EnquantoMenger acreditava que o comportamento econômicoimplicava um sistema social constituídopor indivíduos movidos por interesses egoístas,Schmoller considerava que os indivíduos formavamgrupos, nações, com objetivos e interessesgrupais, embora também individuais. Omais importante é que as concepções de Mengerresultavam e davam especial ênfase à primaziadas políticas liberais (laissez-faire), que deveriamser as mais abrangentes para permitir o funcionamentodos mecanismos de ajuste e equilíbriodos mercados. As conclusões de Schmoller iamem direção oposta, supondo a intervenção doEstado por meio de políticas governamentaiscomo as emanadas pelo governo da Alemanharecém-unificada. Como o ministro da Educaçãoem Berlim dava quase exclusiva preferência aosadeptos de Schmoller na indicação de professoresuniversitários, a polêmica incorporou (alémdas questões do método e da política econômica)também as questões relacionadas com a liberdadeacadêmica, pois os ataques de Menger aSchmoller abarcavam toda a comunidade universitáriacomposta, em grande medida, de“partidários” deste último. Sobre a importânciada teoria e de estudos empíricos em economia,no entanto, ambos concordavam. As divergênciasestavam na ênfase que se devia dar a cadainstância e no desenvolvimento das conclusões.Menger argumentava que a economia “pura”poderia ser desenvolvida por meio de análiseslógicas cujas conclusões seriam amplamenteaplicáveis e, portanto, úteis do ponto de vistaprático. Proposições apoiadas em dados empíricos,no entanto, seriam corretas apenas até oslimites dos dados em que as proposições se baseassem.Na medida em que os dados empíricoseram sempre parciais e limitados no espaço eno tempo, as conclusões deles emanadas seriamproblemáticas e de generalização limitada. Proposiçõescorretas e de aplicação geral poderiamser desdobradas por meio de rigorosa análiselógica de supostos não limitados no tempo, espaçoou circunstâncias especiais. Para Menger,os dados empíricos atuariam como uma espéciede ponte entre a economia pura (teoria) e asquestões de política aplicada à economia, masadvertia que isso só poderia ser feito medianteexaustivos estudos empíricos. Schmoller tambémdefendia o uso de estudos empíricos e dateoria econômica, mas de acordo com uma combinaçãodiferente. Ele rejeitava o método lógicodedutivo de Menger por três razões: os pressupostoseram irreais, seu elevado nível de abstraçãotornava a teoria irrelevante para resolveros problemas do mundo real e não continha elementosempíricos. Dessa forma, a teoria seriainútil para esclarecer as principais questões comas quais os economistas se defrontavam: de quemaneira se desenvolveram as instituições econômicasdo mundo moderno, alcançando seupresente estágio, e quais são as leis e as regularidadesque as governam? Para Schmoller, ométodo mais apropriado era a indução dos princípiosgerais por intermédio dos estudos histórico-empíricos.Veja também Menger, Carl; Método;Schmoller, Gustav.CONVENÇÃO <strong>DE</strong> LOMÉ. Denominação dadaa uma série de acordos de comércio e cooperaçãoeconômica assinados, a partir de 1975, na capitaldo Togo, entre a Comunidade Econômica Européiae países da África, do Caribe e do Pacífico.Esses acordos substituíram e ampliaram o estabelecidona Convenção de Yaoundé entre a Co-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!