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NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

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367 MARGINALISMOpelos contratantes como garantia contra possíveloscilação de preços. O termo pode ser entendidotambém como a diferença entre o preço de vendade um produto e seu custo de produção parao produtor, e neste caso significa o “ganho” ou“a margem de lucro” do empresário.MARGEM <strong>DE</strong> CONTRIBUIÇÃO. É a diferençaentre o preço de venda de um produto e seucusto variável (MC = Pv – Cv). Se o preço devenda de um produto for igual a R$ 10000,00 eo custo variável desse produto se elevar a R$6000,00, a margem de contribuição será igual aR$ 4000,00. Isso significa que cada real de vendascontribui com 40 centavos para a cobertura doscustos fixos, os quais, dependendo do volumede vendas, podem ser ultrapassados, sendo gerados,nesse caso, lucros à empresa. A margemde contribuição é também chamada de “contribuiçãopara o custo fixo”, “saldo marginal” ou“receita marginal”.MARGEM LÍQUIDA. Porcentagem de lucro líquidoem relação ao total de faturamento. É adiferença entre o faturamento total e os custosdiretos e indiretos necessários para obtê-lo. Porexemplo, se uma construtora comercializar imóveiscom 25% de acréscimo sobre o preço decusto, e o esforço de comercialização (salário decorretores, publicidade, material promocionaletc.) consumir 15% da diferença, a margem líquidacorresponderá a 10% do preço de venda.MARGINALISMO. Escola e teoria econômicaque define o valor dos bens a partir de um fatorsubjetivo — a utilidade, isto é, sua capacidadede satisfazer necessidades humanas, rompendocom a teoria clássica do valor-trabalho. Comoa necessidade é uma característica subjetiva,também a utilidade de um bem terá uma avaliaçãosubjetiva; um mesmo bem ou serviço terádiferentes utilidades e, portanto, valores diferentes,de acordo com o indivíduo. Para explicaresse aspecto, a escola marginalista considera quea satisfação de cada necessidade requer certaquantidade de um bem ou serviço. À medidaque a quantidade consumida pelo indivíduo aumenta,reduz-se a satisfação obtida. O valor decada bem é dado pela utilidade proporcionadapela última unidade disponível desse bem, ouseja, por sua “utilidade marginal”. Os marginalistasargumentam que um bem muito abundantepode ser utilizado de formas que não são essenciais.À medida que ele escasseia, as formasnão-essenciais devem ser abandonadas: sua utilidademarginal aumenta. Desse modo, a utilidademarginal mede a necessidade que aindaresta a ser satisfeita e, portanto, o valor do bem.Os fatores de produção também são objeto deuma avaliação subjetiva, ou seja, de uma desutilidadeou renúncia à utilidade. Segundo a teoriamarginalista, o trabalho causa desprazer enquantoatividade e só é realizado porque seusresultados (bens e serviços) proporcionam utilidade.À medida que o trabalho se prolonga,sua desutilidade (o desprazer provocado pelafadiga) aumenta e a utilidade marginal de seuproduto diminui. Quando a desutilidade e a utilidadese igualam, o trabalho cessa. Analogamente,o capital é visto como bens a cujo usufrutoo indivíduo renuncia no presente para consumiruma maior quantidade no futuro. Resulta,portanto, de uma negação do consumo individualimediato, na expectativa de um rendimentomaior no futuro, a partir da comparação entreduas utilidades separadas no tempo. A partirdessas proposições, deduz-se que a cada bemse associa um custo, um preço de oferta, queaumenta com o volume de bens produzidos.Como cada bem é produzido mediante utilizaçãode trabalho e capital, o crescimento da produçãorequer volumes cada vez maiores de trabalhoe capital. Com isso, o custo do trabalhoeleva-se, pois sua desutilidade cresce. Dessemodo, os marginalistas explicam o fenômenopelo qual a oferta de uma mercadoria só podeaumentar se houver aumento de seu preço. Aformação dos preços no mercado ocorre de acordocom a clássica lei da oferta e da procura,explicada pela teoria marginalista a partir de umcritério psicológico e de fundo racionalista. Oproduto resultaria da combinação entre três fatoresde produção (trabalho, capital e recursosnaturais), combinados em determinadas proporções,conforme cada caso. A produtividade decada fator diminui à medida que sua quantidadeno processo produtivo aumenta em relação aosoutros fatores. Na margem, a produtividade decada fator reflete seu valor, isto é, sua escassezrelativa. Assim, um fator será tanto mais valiosoquanto menor for sua disponibilidade. Sendo osfatores comercializados num mercado de concorrênciaperfeita — premissa clássica mantidapelos marginalistas —, demonstra-se que seuspreços (salário do trabalho, juros do capital erenda da terra) correspondem às respectivasprodutividades marginais. O marginalismo surgecomo escola e teoria econômica estruturadaa partir de 1870, elaborado e desenvolvido independentementenas obras de três economistas:Karl Menger (Die Grundsätze der Volkswirtschaftslehre(Princípios da Economia Política)), WilliamJevons (The Theory of Political Economy (Teoriada Economia Política)) e Léon Walras (Élémentsd’Économie Politique Pure (Elementos da EconomiaPolítica Pura)). No início do século XX, aanálise econômica baseada na utilidade marginalé refinada pelos representantes das três escolasmais importantes: a inglesa, com AlfredMarshall (1842-1924); a austríaca, representadapor Böhm-Bawerk (1851-1914) e Von Wieser

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