13.07.2015 Views

NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

213 ESCOLA <strong>DE</strong> ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIAprocura (Say), e a soma dos salários e dos ganhosretidos pelos consumidores deve corresponderà quantidade global de bens oferecidos no mercado.No contexto pragmático da escola clássica,destaca-se ainda a teoria de Ricardo sobre a rendada terra, que estava relacionada ao aumentoda população, o que explicava a alta renda fundiáriada Inglaterra. Ricardo admitia que o proprietáriorural ocupava áreas menos férteis à medidaque a população aumentava. Desse modo,os proprietários das terras mais férteis beneficiavam-secom a elevação dos custos de produçãoem outras áreas, uma vez que os preços dosprodutos seriam mantidos para cobrir os custosmais elevados em terras de baixa categoria. Assim,acabariam tendo uma maior receita, independentementedo capital e do trabalho aplicadosna produção. Esse excedente econômico foidenominado por Ricardo de renda diferencialda terra. Com o crescimento dessa renda diferencial,os proprietários rurais iriam se apropriarde um excedente econômico maior, em detrimentodos capitalistas, que teriam seus lucrosreduzidos, a ponto de colocar em perigo a acumulaçãode capital, prejudicando o desenvolvimentoeconômico. Para superar esse problema,Ricardo propõe o livre-cambismo no comérciointernacional, que permitiria aproveitar as melhoresterras em escala mundial. Formula, assim,a teoria das vantagens comparativas, na qualdemonstra as vantagens de um país importardeterminados produtos, mesmo que pudesseproduzi-los por preço inferior, desde que suasvantagens comparativas em outros produtosfossem maiores. Contra a intervenção estatal, aescola clássica apóia-se no liberalismo e no individualismo.Os clássicos ingleses propõem umsistema de liberdade econômica, pois seria medianteo mecanismo impessoal do mercado quese conseguiria harmonizar os interesses individuais.Entretanto, as revoluções que ocorreramna Europa no período de 1830 a 1848 mostraramque a harmonia de uma “ordem natural” e donão-intervencionismo preconizado pela escolaclássica era remota. O liberalismo e o individualismocomeçam então a sofrer várias críticas depensadores preocupados com os problemas econômicose sociais. E já na obra de Stuart Mill,considerada um resumo de todo o pensamentoda escola clássica, surgem indícios de aceitaçãode algumas restrições à liberdade individual. Assim, contra o liberalismo da escola clássica desenvolvem-se,a partir de 1830, reações doutrináriasque apresentam diferentes concepções demundo. Surgem a doutrina intervencionista deSismonti, o industrialismo de Saint-Simon, o nacionalismode List, o liberalismo otimista de Bastiate o socialismo utópico de Fourier e Proudhon.Esses autores apontam algumas das principaisfalhas do pensamento clássico — identificamcrises e depressões da atividade econômica,destacam a questão do desemprego eventuale econômico, a distribuição desigual de rendae a oposição entre os interesses individuais ecoletivos. Mas falta a essas críticas uma visãoglobal do sistema econômico diante da visão integradae coerente apresentada pela escola clássica.Marx é o primeiro autor a contestar verdadeiramentea análise realizada pelos clássicos,tanto nas suas premissas e objetivos como emsuas conclusões, ao desenvolver a análise doprocesso capitalista baseado na concepção materialistada História e na luta de classes, emboraconservasse dos clássicos parte do instrumentalanalítico e alguns conceitos, como a teoria dovalor-trabalho, que utilizou para desenvolver oconceito de mais-valia.ESCOLA DAS CONTRAPARTIDAS METÁ-LICAS. Destacada escola econômica da Inglaterra,na primeira metade do século XIX. Consideravaapenas o papel-moeda e moedas comodinheiro. Entrou em debate aberto com a escolabancária sobre o papel específico do Banco daInglaterra em emitir papel-moeda e a quantidadenecessária para suprir a economia, que passoua ser regulado pelo Peel’s Bank Act de 1844.A escola das contrapartidas metálicas defendiaque a regulamentação da emissão do fluxo dedinheiro deveria corresponder a uma contrapartidametálica (o ouro), e assim manter um equilíbrioautomático da emissão de papel-moedacom o movimento de entrada e saída de ouro.O Banco da Inglaterra passou a seguir essa orientação,mantendo uma relação constante entreseus empréstimos, investimentos, papéis, açõese sua total liquidez. Por sua vez, a escola bancáriaargumentava que, como o papel-moeda eraconversível em ouro, não havia necessidade deregulamentar sua emissão, pois a conversibilidadepreveniria qualquer problema de superemissãoe as necessidades do comércio regulariamautomaticamente o volume de papel-moedaemitido. Além disso, a demanda de papelmoedaseria atendida pela expansão de depósitosbancários, que teria o mesmo efeito que aexpansão da emissão de papel-moeda. A escoladas contrapartidas metálicas contra-argumentavaque a checagem da emissão de papel-moedaproporcionada pela conversibilidade em ouronão operava em tempo para prevenir sérios problemascomerciais de liquidez. O papel-moedadeveria ser visto como o valor do ouro que elerepresentava e sua quantidade de emissão deveriaflutuar de acordo com o balanço de pagamentosdo país. Veja também Escola Bancária.ESCOLA <strong>DE</strong> ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁ-RIA. Unidade de ensino vinculada ao Ministérioda Fazenda e destinada à formação de pessoal

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!