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NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

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INFLAÇÃO <strong>DE</strong> CUSTOS 302do índice geral de preços refletiriam unicamenteos movimentos do estoque nominal de moeda,determinados pela política econômica. Os planosde gastos do governo, excessivos em relaçãoà capacidade de tributação e endividamento doTesouro Nacional, devidos a crédito subsidiadoou a uma política econômica incompetente (porexemplo, taxas de juros abaixo do nível de equilíbrio),fariam com que se expandissem os meiosde pagamentos para cobrir esses gastos. Comonão haveria aumentos equivalentes no produtoreal ou na velocidade com que a moeda circula,os preços subiriam. O combate à inflação deveriarespeitar a “espontaneidade” do mercado (aumentandoo desemprego, se necessário) paraprocurar reverter as expectativas inflacionárias.Seria necessário emitir títulos, aumentar os impostose, sobretudo, neutralizar a ação dos mecanismosde reajustes, espontâneos ou não, depreços, salários, câmbio e taxa de juros. Em contrapartida,os não-monetaristas lembram o impactoinflacionário do aumento de salários, docusto de certos insumos (por exemplo, o petróleo,no caso brasileiro), da indexação dos preçosde certos produtos ao custo de produção, daestagnação da produtividade de bens de consumoetc. Para combater a inflação, o governo deveriaintervir diretamente nos reajustes de preços,salários, câmbio e juros, para eliminar o poderde barganha dos agentes econômico-sociais“inflacionantes” (por exemplo, as grandes empresase os sindicatos). Na ausência de um mecanismode correção monetária, a inflação tendea favorecer os devedores e especuladores, prejudicandoos credores, as classes de renda fixa,os pensionistas e os investidores conservadores.Ela redistribui a renda entre setores (por exemplo,agricultura/indústria) e/ou grupos de renda(por exemplo, lucros/salários). Além disso,a inflação tende a mudar os hábitos de consumoe a incentivar a aplicação em bens de valorizaçãogarantida, mesmo com o surto inflacionário(jóias, imóveis etc.). E pode ainda estimular aqueda da poupança, se a remuneração desta nãose adaptar aos novos níveis de aumento de preços.Em princípio, o índice ideal para medir ainflação resultaria do deflator implícito do produtonacional gerado em determinado períodode tempo, que daria uma medida, a uma certaperiodicidade, do crescimento dos preços dosbens de consumo, dos bens de produção e detodos os serviços gerados no intervalo de temporelevante com o concurso da força de trabalho.Por motivos de ordem prática, outros índicessão usados. Para medir a variação dos preçosdos produtos finais consumidos pela população,usam-se os Índices de Custo de Vida (ICV) oude Preços ao Consumidor (IPC), tendo comobase os hábitos de consumo de uma família-padrão(para toda a sociedade ou para certa classe).Para medir a variação nos preços dos insumose fatores de produção (e demais produtos intermediários),usam-se índices de Preços ao Produtorou, em termos agregados, o Índice de Preçosao Atacado (IPA). No Brasil, a inflação émedida pelo Índice Geral de Preços (IGP), daFundação Getúlio Vargas, e pelo IPC, elaboradopela Fundação IBGE. Veja também CorreçãoMonetária; Deflação; Deflator; Estagflação; Hiperinflação;IGP; Imposto Inflacionário; IPC;Moeda; Preço; Senhoriagem.INFLAÇÃO <strong>DE</strong> CUSTOS. Processo inflacionáriogerado (ou acelerado) pela elevação dos custosde produção, especialmente das taxas de juros,de câmbio, de salários ou dos preços dasimportações.INFLAÇÃO <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>MANDA. Também chamadade inflação dos compradores, é o processoinflacionário gerado pela expansão dos rendimentos.Ocorre que os meios de pagamento crescemalém da capacidade de expansão da economia,ou antes que a produção esteja em plenacapacidade, o que impede que a maior demandadecorrente da expansão dos rendimentos sejaatendida. Com isso, aumentam os preços e, porextensão, os salários e os rendimentos em geral,dando origem a uma espiral inflacionária.INFLAÇÃO <strong>DE</strong> PAPEL-MOEDA. Expressãoutilizada para designar uma inflação decorrentede emissão excessiva de moeda (papel) não conversível.Nos países onde existia a conversibilidadeinterna do papel-moeda, sempre que asemissões desta superavam as possibilidades governamentaisde convertê-las em metal precioso,dizia-se que havia uma inflação de papel-moeda.INFLAÇÃO GALOPANTE. Surto inflacionárioem que os preços sobem rapidamente, a inflaçãose mantém alta (no mínimo de 20 a 50%) e setorna crônica, tendendo a se realimentar. O Brasilsofreu inflação galopante em 1958-1964 e apartir de 1978. A economia pode se adaptar aesse carrossel de preços crescentes por mecanismosde correção monetária. Mas, caso haja perdade confiança na moeda, a remarcação desenfreadade preços pode resultar na hiperinflação. Vejatambém Inflação.INFLAÇÃO INERCIAL. Processo inflacionáriomuito intenso, gerado pelo reajuste pleno depreços, de acordo com a inflação observada noperíodo imediatamente anterior; os contratoscontêm cláusulas de indexação que restabelecemseus valores reais após intervalos fixos de tempo.Na medida em que esses intervalos são cadavez menores e os reajustes cada vez maiores econcedidos com a mesma intensidade para todosos preços, estes tendem a ficar alinhados.Embora variando com grande intensidade, um

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